O Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA) decidiu, na manhã desta segunda-feira (16), por voto da maioria, impugnar a candidatura à reeleição da atual prefeita de Vitória da Conquista, Sheila Lemos (União Brasil). A decisão de tornar a gestora inelegível foi tomada após julgamento da ação ingressada, no dia 31 de julho, na 40ª Zona da Justiça Eleitoral, pela Federação Brasil da Esperança (PT, PCdoB e PV), que tem o deputado federal Waldenor Pereira (PT) como candidato a prefeito. O julgamento ainda não foi concluído.
O petista, inclusive, comemorou a decisão em sua conta oficial no Instagram contra sua principal adversária. Já Sheila, que é tida como favorita na disputa, ainda não se manifestou.
Eleita vice-prefeita em 2020, Sheila assumiu a prefeitura de Conquista em março de 2021, após a morte do prefeito Herzem Gusmão (MDB) por complicações do Covid-19. No entanto, sua mãe, Irma Lemos, também foi eleita como vice na chapa do emedebista em 2016 e chegou a comandar a gestão municipal por duas vezes: a primeira por 10 dias em 2019 e outra em dezembro de 2020 por problemas de saúde de Gusmão.
Com isso, a federação do PT, PCdoB e PV entrou com ação para impedir a candidatura à reeleição de Sheila, já que a alternância entre ela e sua mãe configura que a prefeitura foi comandada pelo mesmo grupo político, daí não poderia ter um terceiro mandato, que é vedado pela Constituição. A prefeita ainda pode recorrer da decisão no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Gusmão derrotou o deputado estadual Zé Raimundo em 2016, colocando um fim à hegemonia do PT no município do Sudoeste baiano, que comandou a prefeitura durante 16 anos, entre 1998 e 2016, com os petistas Guilherme Menezes (1998 – 2002 e 2008 – 2016) e Zé Raimundo (2002 – 2008). Além de Waldenor, a base do governador Jerônimo Rodrigues (PT) possui outra candidata, a vereadora Lúcia Rocha (MDB).
Leia também:
Sheila Lemos oficializa candidatura à prefeitura de Vitória da Conquista
Lúcio Vieira Lima reitera apoio a Lúcia Rocha em Vitória da Conquista