O Terreiro da Casa Branca do Engenho Velho, primeiro terreiro de candomblé do Brasil, e a africana Iyá Nassô serão enredo da escola de samba Unidos de Padre Miguel, do Rio de Janeiro, no Carnaval de 2025. O enredo “Egbé Iya Nassô” promete realizar uma viagem pela história e tradição afro-brasileira, ao destacar o legado de Iyá Nassô e o papel fundamental do Ilê Axé Iyá Nassô Oká , considerado o mais antigo templo afro-brasileiro ainda em funcionamento. As informações são do G1 Bahia.
O lançamento do enredo ocorreu no domingo (12), para coincidir com o Dia das Mães, em homenagem à Casa Branca do Engenho Velho, a “Mãe de Todos os Terreiros” e a Iyá Nassô, a “Iyá de Todos os Ilês” .
“Estamos muito felizes com essa homenagem. Nestes quase dois séculos de existência, é a primeira vez que o Terreiro Casa Branca recebe tamanha honraria, e isto é para comunidade o reconhecimento da força feminina que no Brasil possibilitou a instituição dos Terreiros de Candomblé e da ancestralidade vinda dos Orixás no Brasil” – declararam os responsáveis pelo terreiro.
O Terreiro da Casa Branca foi fundado no século XIX. O primeiro local sede do espaço sagrado ficava na Barroquinha, entre 1820 e 1830. Depois disso, o templo sagrado foi transferido para o Engenho Velho da Federação, no período entre 1860 e1870, e está lá desde então.
O Casa Branca foi o primeiro centro religioso não-católico a ser reconhecido como patrimônio pelo Ministério da Cultura (Minc). Típico terreiro jeje-nagô, ele é considerado como matriz da nação nagô no Brasil.
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