Após decisão Tribunal Superior do Trabalho (TST), a Braskem terá que pagar integralmente o plano de saúde de um químico, que trabalhou por 32 anos na empresa, e que foi diagnosticado com leucemia. A indústria fica localizada no Polo Industrial de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador.
A determinação, divulgada pelo TST na segunda-feira (11), definiu uma liminar em mandado de segurança, válida até que seja decidida a reclamação trabalhista em que ele alega ter ficado doente por trabalhar muitos anos exposto a benzeno.
Segundo apontou a Justiça do Trabalho, ao exercer diversas funções, o homem foi exposto a agentes químicos de alto perigo para a saúde, como o benzeno, que teria causado a leucemia mieloide crônica, um tipo de câncer de células do sangue. Segundo o relato entregue pelo homem ao TST, aconteceram diversos vazamentos de benzeno na unidade industrial.
Segundo informou a Justiça do Trabalho, o homem foi contratado ainda saudável, em novembro de 1987. Ele foi afastado das suas funções em maio de 2018 para a realização de um tratamento e ficou recebendo auxílio-doença por acidente de trabalho do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Ele retornou às atividades um ano depois, em maio de 2019, contudo, após a estabilidade de um ano decorrente da licença de saúde, ele foi dispensado da empresa e teve que assumir integralmente os custos do plano de saúde.
O funcionário afirmou que a empresa não reconheceu a responsabilidade pela doença, mas o INSS teria identificado, em dois momentos, a relação com a exposição ao benzeno.
A Braskem informou que não comenta processos em andamento na Justiça.