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Igreja dos Mórmons? Conheça a religião responsável por novo templo na Avenida Paralela

Igreja dos Mórmons? Conheça a religião responsável por templo na Avenida Paralela
Templo da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias é o 11º da religião no país

O Templo da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, recém-inaugurado em Salvador, traz à capital baiana uma nova perspectiva religiosa. Conhecida popularmente como ‘Igreja dos Mórmons’, a religião tem como base doutrinas cristãs e uma forte ênfase em valores familiares e serviço comunitário. Este novo templo representa um marco importante para a expansão da fé na região e destaca-se pela arquitetura distinta, que impressiona por sua suntuosidade.

A estrutura, que começou a ser construída em agosto de 2021, é a 11ª da Igreja de Jesus Cristo no Brasil e a de número 350 no mundo. O espaço tem uma área construída de cerca de 6,4 mil metros quadrados e aproximadamente 4 mil metros quadrados de área de preservação ambiental, com 8,2 mil metros quadrados de paisagismo. O templo está aberto à visitação pública até este sábado (7), das 9h às 21h.

Imponente, o local tem gerado muitas dúvidas sobre a religião por trás do espaço. Por conta disso, neste episódio do especial SobreTudo, ouvimos Alexsandro Silva, coordenador de visitação da Casa Aberta do Templo em Salvador. Segundo ele, ‘mórmons’ foi um apelido dado aos membros da igreja.

“Nós gostamos de enfatizar que mórmon é um profeta do Livro de Mórmon. E hoje o nosso profeta, Russell M. Nelson, enfatiza muito que nós possamos chamar a igreja pelo seu verdadeiro nome, que é a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias”, explicou.

Perguntado sobre o início da história da igreja na Bahia, Alexasandro revelou que os primeiros missionários foram mandados para o estado em 1978, e apenas quatro anos depois, a primeira igreja foi estabelecida oficialmente. “Hoje, nós contamos com cerca de 50 mil membros na Bahia e, ao todo, somos aproximadamente 1,5 milhão de membros no Brasil”, apontou.

O templo inaugurado em Salvador será responsável por congregar não apenas os fiéis baianos, mas também os de Sergipe e de parte de Minas Gerais. Conforme o coordenador, se trata de uma estratégia para levar a Igreja para mais próximo dos devotos destes locais.

“O propósito dos templos, na verdade, é trazer as ordenanças que nós precisamos fazer, mas trazer para o mais próximo possível que os membros da igreja possam estar. Nós, antigamente, frequentávamos o templo de São Paulo, depois construímos o templo de Recife, e nós estávamos a cerca de 13 horas de Recife. E a primeira presidência da Igreja tem uma expectativa que nós possamos estar aproximadamente no máximo a quatro horas de distância de um templo. E por isso que o restante da Bahia, Petrolina também vai frequentar aqui, e o Ramo de Nanuque, que é o norte de Minas, que hoje frequenta o templo de Campinas, mas vai ser mais perto eles virem para cá”, ressaltou.

Dia a dia da Igreja

Além do templo principal, a Igreja também conta com capelas que são utilizadas para os encontros dominicais, também conhecidos como ‘reuniões sacramentais’, conforme Alexsandro. “E temos a parte da escola dominical, que é para todo o público da igreja. Nós temos classes das crianças, berçário, primário, para os nossos jovens, os membros adultos solteiros e para os casados também. Temos classes para as mulheres, para os homens, que são as classes do sacerdote, da sociedade de socorro. Então, todas essas classes congregam no domingo, na nossa reunião dominical”.

Nas capelas, também são realizadas as chamadas ordenanças, como o batismo para membros vivos, e o sacramento, que também é feito aos domingos. “A grande diferença para um templo é que a gente aqui faz convênios para toda a eternidade. Então, quando nós viemos aqui, nós temos a batistério, que é o batismo para aquelas pessoas que já morreram. E nós fazemos o batismo em lugar e a favor dessas pessoas”, detalhou.

Alexsandro explicou que não se trata de um batismo de pessoas mortas, mas sim, de um batismo em lugar e a favor deles, por meio de uma procuração. “Se é um parente meu direto, por exemplo, meu pai, meu avô, eu sou procurador natural. Então, com minha autorização, eu posso fazer entrar na minha árvore genealógica, inserir essa pessoa, e vai estar liberado que nós possamos fazer as ordenanças por eles. Começa pelo batismo. Depois, eles são confirmados, têm a sala de confirmação. E fazemos os convênios maiores, que podem chegar até o selamento, que é o casamento dentro do templo. É outra diferença, que nós não fazemos na capela. Nós entendemos que, por sermos cristãos e acreditarmos na vida eterna, nós acreditamos que nossas famílias podem ser eternas. Então, esse convênio para a eternidade nós fazemos aqui no templo, que é o selamento, o casamento para toda eternidade”, explicou.

Uso da Bíblia

Perguntado sobre a utilização da Bíblia entre os fiéis, Alexsandro observou que “não é deixada de lado”, mas é utilizada em complemento ao Livro de Mórmon. “Esses dois livros se complementam. A Bíblia Sagrada foi escrita pelos profetas do Oriente Médio, que viveram muitos anos, até depois de Cristo também. E nós temos o Livro de Mórmon com os profetas que viveram nas Américas. Então, quando Jesus Cristo visitou o mundo dos espíritos – em morte, Ele foi ensinar esse grupo de pessoas lá no mundo espiritual -, Ele também visitou as Américas, e nós sabemos disso através desses profetas”, pontuou.

Segundo Alexsandro, é através do Livro de Mórmon que é explicada a vida dessas pessoas e suas profecias. “Pessoas que viveram antes e depois de Cristo, e nós temos Ele como um norte também por ser a pedra angular da nossa religião. Porque nós vivemos aqui na América, hoje somos descendentes dessas pessoas que estiveram aqui antes da gente”.

Confira o episódio completo do SobreTudo:

Equipe M!