Bruno Reis diz que onda de violência em Tancredo Neves é ‘inadmissível’

Segundo prefeito, guerra de facções em Salvador comprova ‘falência da segurança pública’ na Bahia

Raiane Veríssimo 20/06/2024 14:53 • Cidades

Bruno Reis diz que onda de violência em Tancredo Neves é ‘inadmissível’ -

O prefeito Bruno Reis (União Brasil) voltou a criticar, na manhã desta quinta-feira (20) a onda de violência no bairro de Tancredo Neves e afirmou que é “inadmissível”. Segundo ele, a guerra de facções em Salvador comprova a “falência da segurança pública” na Bahia.

“O que aconteceu essa semana em Salvador, especialmente [sic] ontem, no bairro Tancredo Neves, é inadmissível. As pessoas violentamente armadas, tomando conta das ruas, jogando granadas em ônibus, efetivamente, é a falência da segurança pública hoje no estado da Bahia”, disse o prefeito ao Portal M! na inauguração do Multicentro de Saúde de Amaralina.

Após três dias consecutivos com intensa troca de tiros entre facções na região, os ônibus só voltaram a circular, nesta manhã, no Terminal de Integração Águas Claras e no fim de linha dos bairros de Arenoso, Tancredo Neves e Águas Claras. O serviço de transporte público de 17 linhas estava suspenso desde quarta-feira (19) diante do toque de recolher impetrado na região com a morte de Leandro Bispo dos Santos, conhecido como Jhá e apontado como chefe do tráfico de drogas em Águas Claras.

Atlas da Violência 2024

Ainda em entrevista, Bruno também lamentou que das dez cidades mais violentas no Atlas da Violência 2024, sete são baianas. Segundo a pesquisa – realizada em 2022 pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública e divulgada nesta última terça-feira (18) –, Santo Antônio de Jesus, Jequié, Simões Filho, Camaçari e Juazeiro aparecem, respectivamente, entre os cinco primeiros lugares com maior taxa de homicídios no ranking nacional. Já a capital baiana e Feira de Santana aparecem em 9º e 10º, perdendo apenas para as cidades de Altamira (PA), Sorriso (MT) e Cabo de Santo Agostinho (PE).

“Um desastre, lamentável, infelizmente, ano a ano a gente vai vendo o Estado perdendo a guerra contra o crime, contra a violência, contra a marginalidade”, bradou o prefeito.