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Apagão cibernético impede voos e afeta serviços bancários

Apagão cibernético impede voos e afeta serviços bancários e de comunicação em todo o mundo
Falha é atribuída a pane em empresa de cibersegurança

Um apagão cibernético global impactou diversos serviços ao redor do mundo nesta sexta-feira (19). Relatos indicam que ao menos quatro aplicativos de bancos brasileiros enfrentaram problemas de acesso: Bradesco, Next, Banco Pan e Neon. Essas falhas coincidem com uma pane cibernética que tem afetado operações globais, desde sistemas de transporte até serviços bancários e de comunicação.

Segundo informações da Downdetector, plataforma que monitora interrupções online relatadas por usuários, os problemas começaram a ser notados após as 6h (horário de Brasília), mesmo horário em que começaram os relatos sobre o incidente global. O Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, entrou em contato com os bancos mencionados, mas ainda não obteve retorno sobre a causa das falhas.

Internacionalmente, a falha cibernética tem sido atribuída a uma atualização defeituosa da empresa de cibersegurança CrowdStrike, que afetou severamente sistemas operacionais Windows, utilizados por empresas em todo o mundo. A Microsoft, cujos serviços também foram impactados, declarou estar investigando a situação e trabalhando para resolver o problema.

“Estamos investigando um problema que impacta o acesso aos aplicativos do Microsoft 365 e a serviços”, afirmou a Microsoft nas redes sociais.

A interrupção teve um impacto significativo, forçando cancelamentos de voos e afetando serviços essenciais como redes de televisão, aeroportos e bolsas de valores. No pré-mercado de Nova York, a ação da CrowdStrike tinha queda de 14,2% às 7h48 (de Brasília), enquanto a da Microsoft caía 2%.

O apagão obrigou a companhia aérea americana Frontier a cancelar alguns voos nos EUA. Há informações de que a holandesa KLM suspendeu a maioria dos seus voos, prejudicada pela falha em sistemas computacionais. A Ryanair informou que a interrupção está fora de seu controle e recomendou a passageiros que cheguem ao aeroporto de partida ao menos três horas antes da viagem.

Apesar da amplitude dos problemas, não há indicações de que a falha seja resultado de um ataque hacker direcionado.

O CEO da CrowdStrike, George Kurtz, postou na plataforma de mídia social X que a empresa “está trabalhando ativamente com os clientes afetados por um defeito encontrado em uma única atualização de conteúdo para hosts do Windows”.

“Isso não é um incidente de segurança ou ciberataque. O problema foi identificado, isolado e uma correção foi implementada”, afirmou Kurtz.

A Microsoft e a CrowdStrike continuam a implementar medidas para restaurar completamente os serviços afetados. Empresas como American Airlines e Delta, além de outras gigantes como Visa e Amazon, também enfrentaram dificuldades operacionais devido à falha generalizada.

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Gregorio Borgia/Estadão Conteúdo