Qual a parte da mãe que mais expressa o amor?
Que parte traduz a inteireza desse amor denso?
Como pode ser tão plena e inteira uma mãe que reparte seu amor entre filhos de maneira tão justa e simples?
Consegue ela ser “todo sem a parte” como já disse o poeta Gregório de Matos?
Para conhecer uma mãe, basta tê-la em vida. É só sentir seu calor num abraço.
Ou no colo do seu olhar.
Mãe é partida e chegada, é vitória e regozijo.
Mãe é o pedaço da mão de Deus que ele deixou aqui entre nós já que o todo só Ele explica.
Mãe nunca parte. E mesmo se parte um dia todo seu amor fica aqui:
Fecundado, germinando.
Frondoso.
Repare, todo mundo é igual, não é?
Eu respondo: Não, só mãe divide a vida por nove meses e PARE.
E é aí que ela é mais que o todo, é tudo que for amor e vida, é tanto no amor: É MÃE.
Quem pare o mundo nunca será só uma parte.
Quem pare é, ao menos, uma parte de outro ser.
E eu aqui, meio poeta, paro aqui, tendo a audácia de remendar* Camões:
“Sem amor ‘nem parte’ eu seria”
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*Telmo Moraes Pedreira é cirurgião-dentista CROBA 6670
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*Telmo Moraes Pedreira é cirurgião-dentista CROBA 6670.
