Curadora de feiras literárias destaca importância da Bienal do Livro Bahia

Ester Figueiredo ressaltou a visibilidade que o espaço dá sobretudo à literatura baiana

Por Bruna Ferraz
27/04/2024 às 11h53
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Foto: Arquivo pessoal
Foto: Arquivo pessoal

A Bienal do Livro Bahia 2024 prossegue até a próxima quarta-feira (1º), no Centro de Convenções Salvador, reunindo mais de 170 autores e personalidades, em cerca de 100 horas de conteúdo e envolvendo 200 marcas. Este ano, o tema central escolhido para o evento é 'As histórias que a Bahia conta'.

Dentre as atrações da Bienal, com um catálogo de 60 escritores, está a o Studio Palma, especializado na assessoria e curadoria de produtos e projetos editoriais. Para falar sobre o evento e a literatura no cenário baiano atual, o podcast do Portal M! recebeu a sócia-diretora do Studio Palma, Ester Figueiredo.

Para ela, a Bienal do Livro Bahia 2024 é um momento crucial para profissionais do mercado editorial, servindo como uma vitrine tanto para o escritor independente  quando para aqueles já está vinculado a editoras.

"Você também encontra outros profissionais do nicho do processo editorial. Encontra os livreiros, particularmente, que fazem a maior mediação com o público, tradutores, agentes literários, capistas, designers e mais ainda: o próprio escritor e a própria escritura. A Bienal, como uma feira literária, é esse espaço de encontro do livro com o seu público, do escritor e da escritora com o seu público, e, ao mesmo tempo, de visibilidade, para poder dar a dimensão do que a literatura, particularmente a literatura baiana, representa dentro desse mercado que a gente tem o prazer de atuar já há mais de dez anos", afirmou ao Portal M!.

Ester Figueiredo é também curadora, idealizadora e mobilizadora da rede colaborativa de curadoria literária, criada em 2016, com o propósito de socializar experiências e fomentar a realização de projetos literários. Ela tem doutorado e pós-doutorado, atuou como professora em cursos de graduação e pós-graduação e é escritora. Dentre as suas curadorias, que também envolvem as expografias, está a Feira Literária de Mucugê/Bahia (Fligê), a IV Feira Literária Internacional do Paiaiá - BA, e a Feira Literária de Canudos (Flican - 2023).

Programação Studio Palma

Segundo destacou Ester Figueiredo, o Studio Palma está levando à Bienal uma variedade de coletivos literários, inclusive voltados para o público infantil, jovens, mulheres e para a literatura afrocentrada. "A gente está com a participação especial também de dois escritores mirins, que já despertaram esse prazer e esse amor pela literatura ainda na infância. Então, é uma possibilidade de ter esse encontro intergeracional na nossa programação", frisa.

O Studio Palma também recebe, durante os dias do evento, a Academia de Letras de Caetete e a Academia Baiana de Letras. Além disso, o estande exclusivo será espaço para conversas.

"Esses encontros, essa mediação pela leitura, essa formação do público leitor, vai ser muito incentivada e fortalecida por meio desses momentos na Bienal do Livro. [...] São mais de 90 escritores que estão com a gente, que confiaram no nosso trabalho. Então vai ter muita roda de conversa, vai ter muito papo literário e, com certeza, muita venda e exposição de livros e produtos literários", detalhou.

Confira o podcast na íntegra:

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