Prefeitura prorroga suspensão de atividades até 7 de julho em Salvador

A expectativa é a de que até lá seja apresentado um protocolo conjunto entre Estado e Município para garantir a retomada gradual das atividades

Por Yuri Abreu
30/06/2020 às 12h44
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Foto: Max Haack/SecomPMS
Foto: Max Haack/SecomPMS

Diferente das outras vezes, em que estendeu a suspensão do funcionamento de diversos segmentos em Salvador - como academias, salões de beleza, lanchonetes e shoppings centers -, devido a pandemia do novo coronavírus, por até 15 dias, o prefeito ACM Neto (Democratas) anunciou nesta terça-feira (30), a prorrogação, até o dia 7 de julho, da interrupção destas e de outras atividades na capital baiana.

Até lá, deverá ser apresentado um protocolo conjunto entre a administração municipal e o governo do Estado para garantir a retomada gradual dos serviços. De acordo com o gestor municipal, a medida está sendo discutido desde a semana passada e está em fase de ajuste dos detalhes finais, que deverão ser apresentadas em nova coletiva com os dois gestores a ocorrer até a próxima semana.

Segundo o chefe do Executivo soteropolitano, a conciliação dos planos municipal e estadual tem como intuito estabelecer um só cronograma de ações para dar mais segurança e conforto à população em geral e aos entes diretamente envolvidos, a exemplo do que já vem sendo realizado na área da saúde.

"Não tenho dúvida que é o melhor para a cidade, para o estado, para os profissionais, para o cidadão em geral. Até porque regras distintas podem causar confusão, a exemplo que vem acontecendo em outras capitais do país. Como as convergências (entre os planos) são infinitamente superiores às dúvidas, estamos convencidos de que vamos conseguir construir uma iniciativa comum em benefício do cidadão e das pessoas diretamente afetadas pela pandemia", afirmou ACM Neto.

Durante coletiva, o gestor lembrou que as atividades não seriam retomadas antes do dia 7 e que a ação será realizada de forma lenta, gradual e progressiva. Ele ressaltou que algumas atividades já foram liberadas mediante regras gerais e protocolos específicos.

O protocolo conjunto a ser adotado entre Prefeitura e Estado dependerá de alguns indicadores para ser aplicado, como a velocidade de transmissão do coronavírus, do número de casos, de ocupação dos leitos clínicos e de UTI e de sepultamentos ocorridos na cidade. 

"Por exemplo, podemos definir que as atividades comecem a ser retomadas se a taxa de ocupação de leitos for de 75%. Se estiver em 78%, quer dizer que não atingimos a meta e a atividade não poderá ser retomada. Mesma coisa: caso as atividades sejam retomadas e houver um aumento do número de casos, podemos rever as medidas", explicou ACM Neto.