Vixe! Jerônimo admite fragilidade da gestão e coloca bom senso na ‘vala’. Bolsonaro e Neto reagem. Empréstimos do governo chegam a R$22 bi. E mais, Giovana Victer trava gestão Bruno Reis
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Pegou mal
Pegou muito mal a declaração do governador Jerônimo Rodrigues, do PT, na última semana, durante entrevista à rádio Líder FM, sobre a avaliação do seu governo e a cobrança por sua reeleição. Num momento de sinceridade extrema, atípica na política, o governador disparou: “Você acha que eu tô correndo por quê? Se eu tivesse bem, eu iria comprar aquela rede que eu falei aqui pra vocês, comer uma pinha ou ir lá pro norte”. O desabafo foi feito durante evento nas cidades de João Dourado e América Dourada, onde o petista abordou a importância de manter aliados próximos e criticou os que atrapalham sua administração.

ACM Neto concorda
O governador ainda refletiu sobre o tempo de mandato e a avaliação popular da sua gestão: “Nós temos um prazo de validade. São quatro anos. Se não faz bem feito, o povo troca”, disse ele, ao enfatizar que quer por perto as pessoas que contribuem. “Se atrapalhar, você fica num seu cantinho aí que depois a gente conversa”. Diante da fala do governador, seu principal adversário, o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, aproveitou para alfinetar o petista. Em suas redes sociais, afirmou que, enfim, ele e o governador concordavam com algo. “Quando até o próprio Jerônimo admite que o governo não está bom, é porque o prazo de validade venceu faz tempo”, disparou o dirigente do União Brasil.

‘Sincericídio’ perigoso
Para o líder da oposição da Assembleia Legislativa da Bahia, deputado Tiago Correia (PSDB), a fala do governador mostra concordância com as pesquisas de consumo interno, que mostram a má avaliação do governo. “Sem contar que ele está só fazendo espuma política, tentando atrair partidos e lideranças, na tentativa de desviar o foco das fragilidades da gestão, que ele próprio admite agora que está ruim”, disparou o líder, ao ironizar que nenhum deputado de sua base teve coragem de defendê-lo após as declarações na região de Irecê. “Se o próprio governador acha que o governo dele não está um esmero, imagina seus aliados”, ironizou.

Defesa acanhada
Diante da repercussão negativa da fala, coube ao secretário estadual de Relações Institucionais, Adolpho Loyola, sair na defesa de Jerônimo, após suas declarações sobre a própria avaliação política. Para Loyola, a fala do governador foi mal entendida. “Ele foi apenas mal interpretado”. E continuou: “Pelo que a gente tem visto em nossas pesquisas internas, nós estamos muito tranquilos. Não paramos de trabalhar e não vamos parar. Vamos trabalhar para a reeleição dele e de Lula. Não é um mar de rosas, eleição é eleição, mas o povo da Bahia está sabendo compreender tudo aquilo que a gente está fazendo”, afirmou.

Empréstimos somam R$22 bi
Falando ainda sobre o líder da oposição na Assembleia, Tiago Correia, outro fato que preocupa é a enxurrada de empréstimos tomados pelo governo estadual e articulados pelo líder Rosemberg Pinto (PT). “De empréstimo a empréstimo autorizado, temos até agora R$22 bilhões solicitados pelo governador Jerônimo para a Assembleia, se configurando uma farra que custará cara aos próprios baianos”, disse o líder da oposição, ao reforçar que não são contra a tomada de recursos. “Mas não podemos admitir que o Parlamento baiano tenha virado apenas uma instituição financeira homologatória, de autorização de crédito”.

Mais R$600 milhões
Ontem mesmo, a Assembleia Legislativa da Bahia aprovou o projeto que autoriza o governo do PT a contratar um novo empréstimo no valor de R$ 600 milhões. O crédito será solicitado à Caixa Econômica Federal para obras de mobilidade. A proposta, aprovada pela base de apoio do governador, teve votos contrários da oposição, que manifestou contrariedade à medida, argumentando que o governo tem feito uso excessivo de operações de crédito nos últimos anos.

Espaço para novos empréstimos
De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Manoel Vitório, a maior parte dos recursos será direcionada à mobilidade urbana, especialmente para o avanço das obras do VLT – Veículo Leve sobre Trilhos de Salvador. O projeto integra o plano de requalificação do Subúrbio Ferroviário da capital. No último dia 24, o próprio secretário da Fazenda destacou que a gestão tem feito um controle rigoroso das contas públicas, o que permite a contratação de novos financiamentos “com responsabilidade fiscal”. “A Bahia fez o dever de casa, nós somos talvez um dos estados, não digo o menos, um dos estados menos endividados do país”, afirmou.

Bom senso na vala
E, falando ainda do governador Jerônimo, parece que ele ‘jogou na vala’ o bom senso no último final de semana, ao sugerir que eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) poderiam ir “todos para a vala”. A repercussão foi tamanha que o petista foi obrigado a pedir desculpas públicas, na segunda, durante agenda em Salvador. Ele ressaltou que não tinha a intenção de incitar violência nem ofender a população. No entanto, a fala foi considerada como autoritária e ofensiva, tanto por adversários como por aliados (nos bastidores, lógico), gerando forte repercussão na oposição, com direito à pedido de impeachment e queixa no Supremo Tribunal Federal.

Discurso de ódio
A repercussão foi tamanha que extrapolou os limites do estado. Em publicação nas suas redes sociais, o ex-presidente Jair Bolsonaro classificou a fala do governador como discurso de ódio. “Um discurso carregado de ódio, que em qualquer cenário civilizado deveria gerar repúdio imediato e ações institucionais firmes. Mas nada aconteceu”. E completou: “Esse tipo de discurso, vindo de uma autoridade de Estado, não apenas normaliza o ódio como incentiva o pior: a violência política, o assassinato moral e até físico de quem pensa diferente. É a institucionalização da barbárie com o verniz de ‘liberdade de expressão progressista’”, complementou. Apesar de se pronunciar nos 45″ do segundo tempo, o ex-prefeito ACM Neto também se posicionou contrário ao governador baiano, defendendo Bolsonaro. É muita informação!

Cobrança dos aliados
Dois políticos da base do prefeito Bruno Reis se encontraram ontem, por coincidência, na Praça Municipal, e ficaram intrigados com a mesma situação: a forma como prefeito Bruno Reis e do seu entorno estão lidando com as demandas enviadas ao Palácio Thomé de Souza. A reclamação, segundo eles, era antiga, mas a chateação chamava atenção pelo “modus operandi” usado agora pela gestão da capital. “Antes, o prefeito atendia o telefone e respondia às mensagens. Hoje, ele sequer visualiza as tentativas de contato”, como disse um dos políticos, ao disparar suas críticas mais diretas ao secretário Francisco Elde.

Contatos ignorados
“Elde, antigamente, retornava às tentativas de ligação, dando explicações para as demandas das lideranças e vereadores e hoje ignora solenemente qualquer tentativa de contato”, disse um deles. “Estamos chateados com tamanha falta de respeito”, completou o outro, ao citar as tentativas de contato dos apoiadores do governador Jerônimo Rodrigues, que tenta fortalecer sua base e fragilizar a oposição na capital baiana.

A culpa é dela
Quem conhece de perto os problemas da Prefeitura de Salvador diz que uma pessoa é responsável por inviabilizar a gestão Bruno Reis, aumentar as queixas dos aliados e travar as obra e ações da administração da capital: a secretaria da Fazenda, Giovanna Victer. Quem transita perto dela diz que a titular da Sefaz não é bem quista dentro nem fora da secretaria. Até mesmo bater boca com colegas secretários ela já bateu. E com muitos, diga-se de passagem. A informação é que, por vaidade, ela manipulou dados e travou a gestão municipal em 2025. “Está um verdadeiro Deus nos acuda na gestão da capital, com o comprometimento de quase 40% do orçamento para o ano. Isso, sim, talvez explique os desgastes que estão sendo gerados ao prefeito e seu entorno, devido a impossibilidade de tocar obras e ações na capital baiana, como disse um secretário municipal ao Muita Informação.

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