Vixe! Deu a louca na política e 2026 é antecipado. PDT rompe com Bruno e se alia a Jerônimo; Federação União Brasil e Progressistas anima ACM Neto. PSDB se funde com o Podemos com impacto na Bahia
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Deu a louca na política
O primeiro turno das eleições para governador e presidente da República só acontece em 4 de outubro de 2026. No entanto, as movimentações políticas dos últimos dias deram a impressão de que o pleito poderia ocorrer já em outubro deste ano, tamanha a agitação nos bastidores. O PDT rompeu com o prefeito Bruno Reis (UB), deixou a oposição e passou a integrar a base do governador Jerônimo Rodrigues (PT). Em Brasília, União Brasil e Progressistas formalizaram uma federação, animando o ex-prefeito ACM Neto. E, mais cedo, o PSDB confirmou a fusão com o Podemos, gerando desconforto entre tucanos baianos. Soma-se a isso a inquietação de partidos e políticos que já se preparam para a disputa do próximo ano.

Fortalecidos para 2026
Vamos por partes. Primeiro, a federação firmada entre União Brasil e Progressistas. A nova aliança, batizada de União Progressista, será registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nos próximos meses e terá validade para as eleições de 2026. Juntas, as legendas passam a contar com 109 deputados federais, 14 senadores, seis governadores, mais de 1.300 prefeitos e cerca de 12 mil vereadores, segundo dados do TSE.

“Maior força política do Brasil”
Presente no lançamento da federação, em Brasília, o vice-presidente nacional do União Brasil, ACM Neto, afirmou que a nova federação representa a “maior força política do Brasil”. Segundo ele, a aliança fortalece o compromisso com a construção de novos caminhos políticos. Pré-candidato ao governo da Bahia pela oposição, Neto destacou que a união contribui para o redesenho do sistema partidário brasileiro, marcado por fragmentação, um dos principais entraves à governabilidade no país.

Força na Bahia
Na Bahia, a União Progressista já nasce com peso, reunindo 80 prefeitos e 789 vereadores, além de representação significativa na Assembleia Legislativa e na Câmara Federal. O desafio é que a nova federação obriga os deputados estaduais do PP a se reposicionarem, já que o partido integra a base do governo petista — articulação conduzida pelo secretário de Relações Institucionais, Adolpho Loyola, com apoio do próprio governador Jerônimo Rodrigues.

Maior acesso a recursos
Durante o evento, foi informado que a União Progressista terá a maior bancada da Câmara dos Deputados e o maior número de prefeituras no país, atrás apenas do PSD. Com base nos valores de 2024, a federação deverá receber R$ 953,8 milhões do fundo eleitoral e R$ 197,6 milhões do fundo partidário — superando os demais partidos registrados no TSE. Isso a posiciona como a legenda com maior capacidade de financiamento e estrutura para 2026.

Impacto nos estaduais
A federação tem efeitos imediatos sobre a política baiana. Para os deputados federais do PP, o cenário é positivo: todos os atuais devem se reeleger e ainda é possível ampliar a bancada. Já entre os estaduais, a fusão é vista com apreensão. Em 2022, por exemplo, o suplente do UB, Luciano Ribeiro, obteve mais votos que três deputados eleitos pelo PP: Hassan, Felipe Duarte e Antônio Henrique Jr.

Migração em bloco
Diante disso, os seis deputados estaduais do PP já articulam sua saída para partidos da base do governador Jerônimo Rodrigues. A expectativa é de migração conjunta para siglas como Avante, PSD e a federação formada por PT, PCdoB e PV, em diálogo direto com Adolpho Loyola. Há quem considere precipitada a movimentação, já que a janela partidária só será aberta em março de 2026. Até lá, muita coisa ainda pode mudar na política baiana.

PSDB e Podemos selam fusão
Após o fracasso nas negociações com o PSD, o PSDB aprovou, por unanimidade, o início da fusão com o Podemos. A medida visa evitar a extinção do partido, que não atingiu a cláusula de barreira. Até a ascensão do bolsonarismo, os tucanos eram o principal contraponto ao PT. Agora, o objetivo é reconstruir uma alternativa de centro-direita, longe dos extremos e da polarização, com foco no desenvolvimento nacional.

Efeitos práticos
O presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, convocou convenção para o dia 5 de junho. Na oportunidade, será deliberada a fusão e eventuais mudanças no estatuto partidário. Diferente das federações, a fusão é definitiva. A nova legenda contará com 30 deputados federais (5% da Câmara), sete senadores, dois governadores e cerca de 400 prefeitos eleitos em 2024, incluindo dois em capitais, como Porto Alegre, administrada por Eduardo Leite.

PSDB deve manter nome
A fusão deve manter o nome PSDB, por sua relevância histórica. A nova legenda pode lançar candidatura própria à Presidência, caso a direita não se unifique em torno de um nome apoiado por Jair Bolsonaro, que segue inelegível e responde a processo no STF pelos atos golpistas de 8 de janeiro.

Resistência na Bahia
Na Bahia, a fusão enfrenta resistência. Tucanos fazem parte da oposição, enquanto o Podemos está na base do governo. Nos bastidores, comenta-se que o novo partido ficará com “um pé em cada lado”: o Podemos com Jerônimo, e o PSDB com Bruno Reis e ACM Neto. Resta saber como essa divisão impactará as eleições de 2026.

PDT rompe com Bruno
Em outra frente, o PDT rompeu com Bruno Reis e deixou a oposição, avançando nas negociações para voltar à base petista. Nesta terça-feira, o governador se reuniu com prefeitos, vices e lideranças pedetistas em Salvador. A expectativa é de que até sexta-feira o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, se reúna com Jerônimo para formalizar o retorno à base. A articulação começou em Brasília com Lupi e o ministro Rui Costa.

Andrea deixa secretaria
Andrea Mendonça, irmã do deputado Félix Jr., pediu exoneração do cargo de secretária do Mar, na gestão municipal. Em carta enviada ao prefeito, afirmou que a decisão foi tomada “em respeito à nova missão definida” pelo PDT. Ela destacou que, mesmo com pouco tempo à frente da pasta, apresentou 25 propostas, algumas já incorporadas ao planejamento estratégico da Prefeitura.

Rompimento confirmado
Após o pedido de exoneração, o prefeito Bruno Reis confirmou o rompimento com o PDT, após cinco anos de aliança. “Com o presidente do PDT sendo ministro do governo do PT, seria difícil mantermos a aliança para 2026. Agradeço o apoio nas últimas eleições, mas agora seguimos caminhos diferentes”, afirmou. Ele também disse acreditar que parte dos pedetistas continuará em seu projeto político, como vereadores e a vice-prefeita Ana Paula Matos.

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