Vixe! Cresce movimento para recuo de Bolsonaro e Tarcísio à Presidência. Os impactos na Bahia. O inferno astral de Lula. PT descarta Rui e a dificuldade de Neto
Toda quarta temos novidades da política, do mundo empresarial, jurídico e das artes pra que você entenda melhor como a roda gira nos bastidores

Bastidores se confirmando
Duas declarações recentes dos presidentes nacionais do PSD, Gilberto Kassab, e do Progressistas, Ciro Nogueira, confirmam as informações de bastidores publicadas pela Coluna Vixe! (VEJA AQUI) no dia 9 de abril sobre a eleição presidencial de 2026. Segundo o Portal M!, existe um acordão para que os sete governadores filiados a partidos da centro-direita do país se unam em torno do nome que o ex-presidente Jair Bolsonaro indicar para a disputa pelo Planalto no próximo ano. Nas últimas semanas, Kassab e Ciro vieram a público e endossaram esse movimento, que até então estava restrito aos bastidores da política…

Candidato único
Um dos principais articuladores políticos do Brasil, o presidente nacional do PSD afirmou no último dia 29 que a direita terá apenas um candidato para disputar o Palácio do Planalto em 2026. A aposta dele, lógico, e da maioria do grupo de oposição ao PT, é que seja o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Isso porque o próprio Kassab tem interesse pessoal. Ele quer ser alçado à condição de candidato a governador, ou até a vice, na sucessão do Palácio dos Bandeirantes, com possibilidade de assumir a gestão do maior e mais importante estado do país.

Candidato forte
Na mesma entrevista, Kassab afirmou que o presidente Lula é um “candidato forte” no próximo ano e que não pode ser desprezado. “O campo está um pouco aberto ainda. No plano federal sempre tenho dito que, por mais desgaste que tenha, Lula é um candidato forte”, emendou. “Se Tarcísio for candidato, a centro-direita não lança nenhum outro candidato. [Ronaldo] Caiado não sai, Ratinho [Junior] não sai, [Romeu] Zema não sai, Tereza [Cristina] não sai. E ficará Lula e Tarcísio. Ou o candidato do Lula e Tarcísio”, disse.

Ainda esse ano
Já o presidente nacional do Progressistas, senador Ciro Nogueira, declarou no dia 2 de maio que o ex-presidente Bolsonaro deve indicar “ainda este ano” o nome que irá representar seu grupo na eleição depois próximo ano. Bolsonaro está inelegível até 2030, conforme decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). De acordo com o progressista, a escolha deve acontecer entre novembro e dezembro, sobretudo, se o candidato for alguém que hoje ocupa cargo eletivo, como de governador paulista. Para ele, esse movimento permitirá uma preparação mais eficaz para a campanha que se avizinha.

Bolsonaro deve desistir
Todos sabemos que o nome mais forte da direita no Brasil hoje é, sem sombra de dúvidas, o de Bolsonaro. Inelegível, ele tenta garantir, através do movimento pró-anistia, que não será preso devido ao processo que corre contra ele no Supremo Tribunal Federal (STF). A apoiadores mais próximos, o próprio capitão já deu a entender que deve abrir mão da candidatura, em troca da não condenação pelos atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro. A dúvida e ponto de inflexão acontecem justamente diante da falta de garantia de que ele vá, efetivamente, colocar em prática o roteiro que está agora pré-estabelecido. Haja ansiedade e muita informação!

Sete governadores
Para esse plano se viabilizar, inclusive, muitas conjecturas são feitas pelos caciques do centrão e da direita do país, tendo o reforço agora do ex-presidente Michel Temer, que se junta a esse movimento e tenta construir um plano de governo conjunto, que possa ser apresentado aos brasileiros e fazer frente ao governo do PT. A presença dos sete governadores no ato pró-anistia, no último mês, em São Paulo, por exemplo, ao lado de Bolsonaro, foi o maior indicativo disso. Dos sete, cinco alimentam o desejo de herdar os votos do ex-presidente e disputar o Palácio do Planalto, como o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, que lançou recentemente em Salvador seu nome na disputa.

Sem bola dividida
Para que isso se concretize, no entanto, Bolsonaro terá que fazer acenos
de que não insistirá na candidatura até a eleição, como fez Lula quando estava preso. Quem transita por Brasília diz que o ex-presidente tem que sinalizar a desistência ao país até dezembro para, até abril, anunciar Tarcísio como seu candidato. Esse seria o prazo para o governador deixar o comando do estado mais rico e se lançar na disputa federal. Até porque, o governador de SP não vai abrir mão de uma reeleição relativamente tranquila para entrar numa bola dividida com o clã Bolsonaro.

Impactos na Bahia
Pra quem não percebeu ainda, esse desenho embaralha totalmente o jogo eleitoral na Bahia. Explico. Caso Tarcísio confirme a saída do governo, Kassab, presidente da maior sigla do país (PSD), deve intervir no território baiano e “obrigar” seu partido a romper com o PT para marchar ao lado do candidato do União Brasil, ACM Neto. Isso se daria através de uma “intervenção forçada”, levando o senador Otto Alencar a ver seu grupo marchar com o ex-prefeito, sob a justificativa de que o senador Ângelo Coronel pode ser preterido da chapa governista do PT, fortalecendo assim, a chapa da oposição no próximo ano. Ou seja, é muita informação.

O inferno astral de Lula
Paralelo a todo esse movimento do centrão e da direita, muitos desgastes depõem contra o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Com a avaliação pessoal e da sua gestão em queda, o petista pode ser “convencido” a não tentar a reeleição, para não ver encerrada sua trajetória política com uma derrota. Na conta de Lula, pesam a crise do pix e agora a roubalheira no INSS. Pra piorar mais a situação, o atual presidente não tem um candidato natural à sucessão, o que pode o empurrar para um verdadeiro precipício. A conferir.

Sem chance de trocas
O presidente do PT da Bahia, Éden Valadares, minimizou ontem a declaração do governador Jerônimo Rodrigues (PT) sobre o “prazo de validade” do seu governo e reforçou que a fala reflete o nível de cobrança e dedicação do petista. De acordo com ele, a gestão estadual segue fazendo entregas em toda a Bahia e, mesmo com os desgastes do governador Jerônimo Rodrigues, não há a menor chance de ele ser trocado pelo ex-governador e atual ministro da Casa Civil, Rui Costa. “Chance zero”, segundo Éden. Vejamos!

Jerônimo é mais correria
Ao falar da declaração do governador, que, em um evento na região de Irecê, disse ter “prazo de validade” e que “quem não governa bem, a população troca” —, Éden afirmou que a sinceridade é uma marca da personalidade do petista. “Ele está sempre se cobrando. Trabalha como poucos. Já visitou mais de 300 municípios, não tem sábado nem domingo. A gente chamava Rui Costa de correria, mas Jerônimo é mais ainda”, declarou. Segundo Éden, Jerônimo será o candidato do PT à reeleição em 2026.
“Com fé em Deus, no nosso Senhor do Bonfim e com a nossa militância, faremos uma bela campanha. O candidato do PT é Jerônimo Rodrigues”.

Fora do ar-condicionado
Éden Valadares aproveitou pra alfinetar o ex-prefeito ACM Neto. Em entrevista à rádio Mix, ele disse que o ritmo intenso de trabalho de Jerônimo teria forçado o ex-prefeito a sair da zona de conforto. “Jerônimo trabalha tanto, trabalha tanto, que o ACM Neto se sentiu obrigado a largar um pouquinho o ar-condicionado e ir para a estrada”, ironizou.

Dificuldades à vista
As últimas movimentações partidárias deixaram políticos, com e sem mandato, em polvorosa na Bahia. Tanto a mudança de comando do DC e do PRD, como a federação entre o União Brasil e o Progressistas, devem gerar impactos diretos na eleição que se avizinha. Explico. Em 2026, o cenário cria um clima de “Deus nos acuda” nas siglas alinhadas ao ex-prefeito ACM Neto. Quem conhece de perto essa movimentação diz enxergar “muita dificuldade” na montagem da chapa para deputado estadual, por exemplo. Só na federação UB-PP deverá haver uma perda de 431.698 votos. Sem a expectativa dos sufrágios dos seis progressistas, o cenário se complica ainda mais para a oposição.

Quatro deputados a menos
A perda dos mais de 431 mil votos representa uma queda de quatro vagas na base oposicionista. Vamos aos números. O deputado Marcinho Oliveira, do União Brasil, teve 104.969 e não fica no partido. Já Alan Sanches teve 77.316 e vai disputar uma vaga para deputado federal. Manoel Rocha teve 66.445 e também deverá disputar uma vaga na Câmara. Robinho, que também deve tentar vaga em Brasília, teve 65.681. David Rios, do MDB, teve 57.395 e Mirela Macedo, com 41.076, que não deve disputar a eleição. Além disso, teve o vereador de Salvador, Claudio Tinoco, que teve 18.816 e não deverá ser candidato no próximo ano.

E a rabada?
Aí a pergunta que não quer calar: qual será o argumento usado pelos políticos ligados a ACM Neto para convencer um candidato, com chances reais de se eleger, de embarcar na sua candidatura, já que terá tantos votos a menos, dificultando a manutenção das vagas para deputado estadual hoje? A resposta, segundo um deputado do União Brasil, é que esse movimento abrirá espaço para novos quadros se filiarem e conseguirem se eleger no pleito do próximo ano”. A conferir.

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