Vixe! A direita se divide e deixa a oposição na berlinda. As muitas preocupações do governo Lula. Na Bahia, o otimismo dos aliados do PT e a pressão sobre ACM Neto
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Preocupações do Planalto
Do lado da oposição, muitas indefinições. Do lado do governo, muitas preocupações. Faltando pouco menos de um ano para a próxima eleição, o cenário se mantém totalmente indefinido no país e, por tabela, na Bahia. Vamos analisar por partes. Após conversar com deputados do PT e de partidos de oposição, é possível perceber que o cenário nacional está embaralhado. O governo Lula dando sinais de reação às inúmeras crises a que estava envolvido. Teve a crise do Pix, a derrota no aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), além do escândalo nas aposentadorias e pensões do INSS, só pra citar algumas.

Crédito: Marcelo Camargo/ Agência Brasil
Oportunidades do tarifaço
E, no meio das reações positivas, eis que surge um novo problema, o da guerra tarifária junto aos Estados Unidos, o que, para felicidade do governo e dos seus aliados, também já está dando sinais de distensionamento na relação entre os presidentes Lula e Donald Trump, impactando positivamente na imagem do dirigente brasileiro. O fato é que ainda é cedo para sabermos o desfecho dessa queda de braço com os norte-americanos, mas a condução feita pelo ministro das Comunicações, Sidônio Palmeira, tem permitido a Lula melhorar sua avaliação perante a população, sobretudo devido ao discurso de unidade e soberania nacional.

Crédito: Reprodução/Instagram @realdonaldtrump
Desafios a serem superados
Paralelo a isso, ao conversar com opositores do governo, a sensação é que Lula segue desgastado e não oferece mais soluções para o futuro do Brasil. A partir de agora, o Planalto terá que se esforçar muito para superar os desafios estruturais do país e a indefinição do cenário político. A economia precisa realmente mostrar sinais de melhora, pois a população está insatisfeita com os altos custos e as dificuldades em vislumbrar melhores condições de vida. São muitos, portanto, os gargalos a serem superados até outubro de 2026 e, sem soluções concretas, nem o ministro Sidônio Palmeira conseguirá construir narrativas para salvar o governo.

Crédito: Ricardo Stuckert/PR
Direita dividida
Ao analisar a situação da oposição no Brasil, percebe-se que o maior problema é que o centro e a direita estão divididos, fragilizados, com Bolsonaro em prisão domiciliar e o grupo brigando internamente, após as investidas do deputado Eduardo Bolsonaro contra os aliados. Diante disso, cresce a pressão pela definição do nome que vai herdar o espólio do ex-presidente da República. Para muitos bolsonaristas, é crucial definir até dezembro, para não perder tempo no processo eleitoral.

Crédito: Bruno Spada/Câmara dos Deputados
Cenário indefinido
Outros aliados acham, no entanto, que a construção de um projeto de país, de centro e direita, como defende o ex-presidente Michel Temer (MDB), é mais importante do que a confirmação do candidato. Até porque o momento exige cautela e o cenário precisa decantar. “Não estamos vivendo um momento de clareza, está tudo turvo. São muitas possibilidades em discussão e precisaremos de tempo e maturidade para fazer as melhores escolhas”, disse ontem um deputado do Centrão.

Crédito: Marcos Corrêa/PR
Parceria intacta
Assim como o cenário nacional está confuso, na Bahia, o momento ainda é de incertezas também. Os apoiadores do governo estadual comemoram “o avanço” do governador Jerônimo Rodrigues nas pesquisas e o fato de terem mais de 350 prefeitos em sua base de sustentação. Todos os esforços nesse momento são para manter o apoio do PSD, que defende a reeleição do senador Ângelo Coronel. O partido controla 130 prefeituras e é apontado com fiel da balança do processo eleitoral. O cenário hoje indica que a parceria do partido com o PT seguirá intacta, apesar da instabilidade que envolve a permanência do senador Ângelo Coronel. É muita informação!

Crédito: Flickr/Jerônimo Rodrigues
Indestrutíveis
Mantendo a aliança entre os partidos, os governistas dizem que são indestrutíveis e que vão tranquilos para a reeleição do governador no próximo ano. A percepção é que os quase 20 anos do partido no poder não são sentidos pela população. “O trabalho do nosso grupo, junto com a força do presidente Lula, nos deixa com a garantia de que vamos continuar avançando na Bahia”, enfatizou ontem um deputado do PT, reafirmando o otimismo do grupo.

Crédito: Ricardo Stuckert/PR
O isolamento de Neto
Os observadores da cena política local aproveitaram para fazer uma avaliação sobre a oposição na Bahia. Hoje, o cenário indica que o ex-prefeito ACM Neto será o candidato do grupo. Isolado, ele deve ter como companheiro de chapa o presidente do PL, João Roma, e o ex-deputado José Carlos Aleluia, ambos para o Senado. Para a vice, a expectativa é que seja indicado alguém forte do interior. A ex-prefeita de Juazeiro, Suzana Ramos, é um dos nomes lembrados nos últimos dias. Pelo que dizem os próprios aliados, o problema de Neto é a indefinição do cenário nacional. Só uma candidatura forte à Presidência da República para ajudar a embalar seu nome por aqui. A conferir.

Crédito: Divulgação
Modo desespero
Coube ao deputado estadual Sandro Régis (UB) reagir às investidas do deputado Rosemberg Pinto (PT), que ironizou a viagem de ACM Neto à China, classificando-a como “turismo político”. Para o deputado de oposição, a postura dos petistas “é mais um sinal de desespero diante da força crescente do principal nome da oposição na Bahia. “Tenho percebido os petistas mais agressivos nos últimos dias, destilando ódio para todo lado. Será que já sentiram o vento da mudança bater e ativaram o modo desespero?”, ironizou Sandro Régis, ao destacar que a tentativa de desqualificar ACM Neto revela o incômodo do governo com a consolidação da oposição. “Enquanto o PT se ocupa em atacar, Neto discute projetos e busca soluções concretas para o futuro da Bahia”, afirmou.

Crédito: Divulgação
Defesa do aliado
E por falar em ACM Neto, o deputado estadual Robinho (UB) também saiu na defesa do candidato de seu grupo. Essa semana, o parlamentar fez discurso na Assembleia Legislativa para criticar o andamento da Operação Overclean, que, segundo ele, tem sido usada como instrumento de pressão contra aliados do ex-prefeito de Salvador. O deputado aproveitou para rebater as declarações do senador Jaques Wagner (PT), que defendeu a continuidade das investigações feita pela
Polícia Federal “sem interferência política”. “A Overclean tem que ir até o final, mas tem que ter final. O problema é que o processo está aberto, até agora não condenou ninguém, não apurou nada, não disse nada, e fica aí servindo de uma cortina de fumaça, pressionando e ameaçando pessoas ligadas a ACM Neto”, declarou.

Crédito: Divulgação
Sem desfecho
O deputado Robinho foi duro ao criticar a falta de desfecho nas investigações da Overclean, classificando o caso como um “processo do fim do mundo”, em referência à sua duração e à ausência de conclusões concretas. “Até agora não condenou ninguém, botou tornozeleira, bloqueou conta, mas não apurou. Essa é a realidade. Tem que ter um fim. Será que vai ter um fim? Ou vai servir para ameaçar pessoas próximas a Neto?”, questionou.

Crédito: Agência/ALBA
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