Perigo silencioso: uso excessivo de Tadalafila pode afetar sua saúde e sua mente, alerta médico
Urologista George Ferrari condena uso constante do medicamento e ressalta que disfunção erétil pode ser ‘questão psicológica’

Bastante famoso, especialmente entre os homens, o medicamento Tadalafila se tornou um dos mais procurados e conhecidos remédios dos últimos tempos, sendo usado como estimulante sexual. A fama fez com que muitos usassem o remédio de forma desenfreada e, por isso, o médico Rodrigo Guedes, comentarista de saúde do programa De Olho na Bahia, da Rádio Mix Salvador (104.3 FM), apresentado pelos jornalistas Osvaldo Lyra e Matheus Morais, convidou o urologista George Ferrari para falar sobre o assunto e alertar sobre o uso exagerado do medicamento.
Guedes destacou que o medicamento, usado no tratamento de disfunção erétil, tem sido constantemente lembrado no cenário musical e nas redes sociais, sendo alvo de memes. Isso tem provocado um crescimento nas vendas. Segundo dados obtidos pelo médico da Closeup International, a Tadalafila ficou como o terceiro medicamento mais vendido no ano de 2024, no Brasil.
Urologista faz alerta
De acordo com George Ferrari, a Tadalafila é um medicamento seguro, mas que precisa ser recomendado por um médico, que irá acompanhar o uso da medicação pelo paciente. O urologista afirmou que usar o remédio com alguma condição médica pré-existente pode provocar o agravamento, especialmente se for cardíacos, que devem fazer atividades físicas adaptadas à sua condição e sob supervisão profissional.
“Não é um medicamento que produza o infarto, mas ele vai influenciar que a pessoa realize uma atividade física intensa. A relação sexual é uma atividade física”, afirmou o urologista.
Ferrari pontuou ainda que pacientes que querem ou precisam fazer uso desse medicamento devem ficar atentos a sintomas envolvendo doenças cardíacas. Segundo ele, as chances de uma pessoa com disfunção erétil infartar são grandes e, por isso, o uso do medicamento deve ser sob recomendação médica. Para o urologista, esses alertas devem ser estendidos a todos os estimulantes sexuais.
Dependência psicológica do remédio
Ainda segundo o urologista, a grande maioria dos pacientes que usam a Tadalafila são jovens que apresentam disfunção erétil, mas ele afirmou que esse problema é causado, em 99% das vezes, por questões psicológicas, que podem ser resolvidas sem o uso da medicação. Ele apontou ainda que já escutou de pacientes o desejo de parar de usar, mas que não conseguem, por terem criado uma “dependência emocional”.
“O grande problema do uso recreativo da Tadalafila é que o homem pode criar uma dependência psicológica com o medicamento, já que ele causa uma ereção máxima com pouco estímulo”, explicou.
Ferrari destacou ainda que o uso constante do medicamento não pode provocar a disfunção erétil, mas pode influenciar a psiquê e fazer o usuário acreditar que só conseguirá ter uma ereção usando a medicação. Segundo o médico, “é um medicamento bem seguro, porque não tem tolerância, mas tem a questão da dependência psicológica”.
Tadalafila tem limite
Ainda na entrevista, George afirmou que o uso do medicamento tem um limite, principalmente para aqueles que já possuem condições médicas. De acordo com o urologista, as medicações estimulantes não podem ser usadas junto a medicamentos para doenças cardíacas, visto que podem causar quedas bruscas de pressão.
“Se a pessoa tiver uma lesão na artéria, esses medicamentos não vão fazer efeito, e não adianta aumentar a dose. Eu já vi pacientes terem AVC pela dose que tomaram”, alertou o médico.
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