Óculos de realidade virtual estão sendo usados como ferramenta de reabilitação pediátrica, oferecendo uma nova abordagem no tratamento de crianças. A tecnologia permite que os pacientes participem de atividades virtuais, como a simulação de esportes, o que torna os exercícios menos dolorosos e mais envolventes, auxiliando na recuperação motora e no equilíbrio.
No Hospital Ortopédico do Estado (HOE), Luiz Otávio Souza, de 9 anos, é um dos pacientes que está se beneficiando dessa tecnologia. Internado há 15 dias devido a uma lesão no pé direito, agravada por uma suspeita de infecção, ele já nota melhoras significativas em sua mobilidade. “Estou andando bem e com pouca dificuldade”, disse.
Outro paciente, Levi Henrique Lima, de 6 anos, também está em tratamento no HOE após ser atropelado. Sua tia, Érica Vitória da Silva, relatou que os óculos de realidade virtual têm sido fundamentais para distrair o menino e aliviar a dor, facilitando seu processo de recuperação.
“Ele está aqui já tem um mês e alguns dias, passou por várias cirurgias. Os profissionais são muito legais, Levi gosta muito da equipe, isso torna a nossa jornada mais leve. Os óculos também estão ajudando muito, porque ele se distrai, fica brincando e esquece um pouquinho da dor”.
O coordenador multiprofissional do centro de reabilitação do HOE, Vitor Neri, explica que a tecnologia ajuda a superar o medo dos pacientes em retomar atividades físicas.
“Na reabilitação, a gente utiliza a sessão convencional e, a partir de determinado momento, a gente pode teletransportar esse paciente pra dentro de um jogo, pra dentro de movimentos que a gente utiliza durante a sessão convencional, assim dizendo, a gente consegue incrementar isso nas sessões com a realidade virtual. Muitos pacientes ficam com medo até de botar o pé no chão novamente. Então, a gente vai quebrando esse medo do paciente voltar a andar, voltar a fazer as atividades. Através do mundo virtual, eles se sentem mais seguros”
A implementação da realidade virtual na pediatria tem mostrado resultados positivos, diminuindo a dependência de analgésicos e melhorando os resultados clínicos, tornando o processo de reabilitação mais eficiente e humanizado. A expectativa é de que os óculos de realidade virtual se tornem um aliado cada vez mais importante no processo terapêutico do HOE.
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