Na manhã desta quarta-feira (17), aconteceu o lançamento do Módulo de Acolhimento do programa Mais Médicos. Durante o evento, o médico suíço e coordenador do programa, Miguel Depallens afirmou que há vários desafios para o sistema de saúde pública da Bahia, mas que o programa vem buscando preencher essas lacunas.
Segundo Depallens, o principal desafio da saúde do estado é fixar médicos em cidades ou regiões que estão longe dos centros urbanos da Bahia. “O programa consegue fixar médicos onde precisa, mesmo quando é longe e em locais de alta vulnerabilidade”, contou o médico.
Segundo ele, como o SUS trabalha em várias esferas de gestão, o programa precisa de apoio de esferas estaduais e municipais para ser efetivado.
“A atenção básica, pela qual os médicos deste programa trabalham, é gerida pelos municípios, que as vezes tem a dificuldade de compreender toda a complexidade da estratégia principal da família, que é o trabalho em equipe, trabalho de conhecer a comunidade, e se organizar a partir das demandas. Não é só fazer atendimento, precisa ir além”, afirmou.
Miguel Depallens contou ainda que o aumento do número de médicos brasileiros no programa é um grande sucesso para todo o país. Segundo ele, no passado os médicos brasileiros tinham receio de trabalhar neste projeto, muitas vezes por falta de informação, e por isso muitos médicos estrangeiros tiveram que ser contratados. “Teve essa mudança de visual, conseguiu atrair a confinação dos médicos, pela qualidade de trabalho”.
O médico ressaltou que o programa também oferece bolsas de estudo, além de prestar todo o apoio necessário para que estes profissionais possam realizar especializações, mestrados e doutorados. O programa visa ainda melhorar a qualidade de vida dos médicos e oferecer direitos trabalhistas ampliados.
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