Após quase 1 ano em remissão do câncer de intestino, a cantora Preta Gil anunciou que terá que voltar a fazer tratamento contra o câncer devido ao ressurgimento da doença, que agora aparece no peritônio e está em metástase. Para entender mais sobre a situação da doença da cantora, o Portal M! ouviu o médico Guilherme Falcão, oncologista do Hospital Aristides Maltez, que falou mais sobre a doença.  

Segundo ele, a metástase acontece quando a doença passou da fase inicial e as células cancerosas passam a se espalhar para outras partes do corpo. No caso de Preta, as células se instauraram no peritônio, uma membrana localizada na parede abdominal.

O médico ressaltou ainda que não há uma relação direta entre a metástase de peritônio e o câncer de intestino. Por isso, o fato de a cantora ter tido, não significa dizer que os demais pacientes com a condição também apresentarão metástase. 

“Pode acontecer de a metástase ocorrer no peritônio, como pode ser que ocorra no fígado ou em outras partes do corpo. É uma coisa que pode acontecer, mas não significa que vá acontecer”, explicou Falcão.  

Sintomas

Sobre os sintomas apresentados, existe a possibilidade da retenção de líquidos. Nestes casos, segundo o especialista, o diagnóstico é facilitado, em função dos inchaços apresentados no abdômen.    

“Os sintomas são difusos, o paciente pode não sentir nada, assim como pode ter dores abdominais, pode ter inflamações e acúmulos de liquido. Mas podem ser sintomas totalmente inexpressivos como perda de peso e um pouco de dor, náuseas ou vômito”, listou.

Entretanto, o oncologista destacou que a confirmação do diagnostico só é feita após a realização de exames de imagem, como tomografias e ressonâncias, que permitem ver dentro da parede abdominal se há implantes ou não. Na identificação de alguma anomalia, é realizada a laparoscopia e na sequência a biopsia.  

Tratamento

Ao falar sobre o tratamento para a doença, o médico frisou que a melhor forma é a quimioterapia, mas que as formas de tratamento divergem de paciente para paciente, dependendo também da quantidade ou gravidade dos nódulos encontrados.

“O tratamento principal é quimioterapia, essa é a base principal para o tratamento e para a cura”, declarou Falcão, destacando que ressecções e outras intervenções cirúrgicas são complementares aos tratamentos quimioterápicos. 

Já sobre as possíveis sequelas, Guilherme destacou que, assim como o tratamento, o pós-tratamento dependerá da gravidade da doença e das ações cirúrgicas realizadas. “Podem ser sequelas tratadas com fisioterapia, com cirurgia. O paciente pode ficar com uma bolsa de colostomia. Mas tudo vai depender do grau de manipulação cirúrgica e do tipo de quimioterapia”, finalizou o médico.  

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