Em visita à Bahiafarma, Jerônimo reforça compromisso com produção de testes rápidos no estado
Visita marcou cumprimento de compromisso firmado com empresa chinesa Hotgen durante missão oficial à China

O governador Jerônimo Rodrigues (PT) visitou, nesta quarta-feira (21), a sede da Bahiafarma, em Simões Filho, para acompanhar os avanços da futura linha de produção de testes rápidos para detecção de zika, dengue, covid-19, hepatites B e C, sífilis e malária. A visita marca o cumprimento de compromisso firmado com a empresa chinesa Hotgen durante missão oficial à China, e integra o processo de implantação de uma parceria com transferência de tecnologia.
Acompanhado da secretária da Saúde, Roberta Santana, Jerônimo conheceu as instalações onde os insumos serão fabricados, destacou a importância do projeto, e enfatizou que o objetivo central da visita foi concluir uma etapa da Parceria Público-Privada (PPP) com o Ministério da Saúde e a empresa chinesa.
“Nós vamos ampliar a possibilidade com essa experiência e fortalecer a capacidade de produção e qualidade que a Bahiafarma tem”, afirmou.
Produção pode alcançar até 75 milhões de testes por ano
A Hotgen Biotech é reconhecida globalmente pela produção de testes diagnósticos rápidos e atuará com a Bahiafarma por meio do Programa de Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP), coordenado pelo Ministério da Saúde. A expectativa é de que a linha de produção instalada na Bahia entregue ao Sistema Único de Saúde (SUS) até 25 milhões de testes por ano, com capacidade de expansão para 75 milhões, o equivalente a cerca de 288 mil unidades por dia em plena operação.
Durante a visita técnica, a secretária Roberta Santana detalhou o andamento das etapas para início da produção. “Hoje já conseguimos ver a produção das embalagens e, além disso, já apresentamos todo o estudo, o treinamento, a parte de capacitação, o processo de importação do equipamento para que a gente receba e possa, após a finalização dessa PDP, produzir”, explicou.
Além dos testes que já têm registro aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a Bahiafarma protocolou a solicitação para três novos produtos junto ao Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS): exames rápidos para HIV, HTLV e o Sífilis Duo, um teste combinado.
Plano prevê ampliação até 2038
O governador também conheceu o plano estratégico de reestruturação do Parque Fabril da Bahiafarma e o cronograma de produção estabelecido até o ano de 2038. O roteiro incluiu ainda a apresentação da operacionalização da parceria com a Hotgen e os projetos futuros, como a criação do Centro de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação em Medicamentos (CPDIM-BF), que deve ampliar o escopo científico da fundação.
A presidente da Bahiafarma, Ceuci Nunes, considerou a visita positiva para a consolidação dos projetos em andamento. “A agenda foi excelente, o governador veio conhecer cada canto da BahiaFarma e eu acho que isso dá um peso muito grande nos nossos projetos. Temos 18 projetos de PDP em análise pelo Ministério da Saúde, cinco deles são da parceria para kits diagnósticos com a Hotgen”, declarou.
Também participaram da visita técnica o presidente da BahiaInveste, Paulo Guimarães, e outros representantes da indústria farmacêutica, além da equipe gestora da fundação. A Bahiafarma é vinculada à Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) e integra a administração pública indireta do Executivo estadual.
Bahiafarma integra política nacional de fortalecimento do setor farmacêutico
A Bahiafarma é um laboratório farmacêutico público filiado à Associação dos Laboratórios Farmacêuticos Oficiais do Brasil (ALFOB). A instituição atua dentro da política nacional voltada ao fortalecimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (CEIS), considerada estratégica pelo Governo Federal para garantir a soberania sanitária do país.
Com atuação voltada à produção e distribuição de medicamentos e insumos estratégicos, a fundação desempenha papel relevante na expansão da capacidade nacional de resposta a emergências em saúde pública. A parceria com a Hotgen se insere nesse contexto, ampliando a autonomia tecnológica do Brasil.
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