Dezembro Laranja: Hospital Aristides Maltez realiza mutirão contra câncer de pele neste sábado

O mês de dezembro marca o início do verão no Brasil, trazendo maior exposição ao sol e aumentando o risco de câncer de pele. Para conscientizar a população, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e outras entidades de saúde promovem a campanha Dezembro Laranja. Como parte da iniciativa, o Hospital Aristides Maltez (HAM) realizará no próximo sábado, das 9h às 15h, um mutirão para identificação e tratamento de novos casos.

Como será o mutirão?

O atendimento será gratuito e feito por ordem de chegada, com previsão de examinar cerca de 250 pessoas. As atividades incluem:

• Triagem para identificar casos suspeitos;
• Crioterapia para tratar lesões;
• Encaminhamento para cirurgia, quando necessário.

O público-alvo são pessoas com sinais ou sintomas de possíveis lesões cancerígenas na pele.

Câncer de pele: tipos e fatores de risco

A dermatologista Tânia Magalhães, chefe do setor de dermatologia do HAM, destaca que o câncer de pele não melanoma é o tipo mais comum no Brasil, enquanto o melanoma é o mais grave. “O câncer da pele surge do acúmulo nocivo de radiação ultravioleta (RUV), promovendo danos celulares e a formação do tumor”, explica.

Principais tipos de câncer de pele:

• Carcinoma basocelular (70%): Mais frequente, mas menos agressivo.
• Carcinoma espinocelular (20%): Pode ser mais invasivo.
• Melanoma (10%): Altamente agressivo, com risco elevado de metástase e óbito.

Fatores de risco: quem está mais vulnerável?

De acordo com a especialista, qualquer pessoa pode desenvolver câncer de pele, mas o risco é maior para:

• Pessoas com pele, olhos e cabelos claros;
• Indivíduos com histórico pessoal ou familiar de câncer de pele;
• Quem possui muitas pintas ou sardas;
• Pacientes imunossuprimidos, como portadores de HIV ou transplantados.

A radiação ultravioleta é o principal fator de risco, reforçando a necessidade de proteção solar.

Sinais de alerta

Atenção a sintomas na pele, como:

• Lesões elevadas, brilhantes ou escurecidas que sangram facilmente;
• Feridas que não cicatrizam em até seis semanas;
• Pintas ou manchas com crescimento progressivo, mudanças de cor ou formato, e sinais de sangramento.

Importância do diagnóstico precoce

A médica enfatiza que o diagnóstico precoce é fundamental. “Mutirões como este que vai acontecer neste sábado no Aristides Maltez são exemplos de ações que podem ser feitas para contribuir para a detectar o problema precocemente”, afirma Tânia Magalhães.