Bahia registra queda de 90% nos casos de dengue, chikungunya e zika em 2025
Incidência atual da dengue é de 160 casos a cada 100 mil habitantes, patamar ainda considerado de atenção, mas distante do cenário crítico de 2024

Dados da Secretaria Estadual de Saúde (Sesab) apontam que os casos de dengue, chikungunya e zika apresentaram queda acentuada entre os meses de dezembro de 2024 e junho deste ano. No caso da dengue, a redução atingiu 90,5%, com 19.812 notificações, em comparação aos 208.142 registros no mesmo período do ano anterior.
A incidência atual da doença é de 160 casos a cada 100 mil habitantes, patamar ainda considerado de atenção, mas distante do cenário crítico de 2024, quando o Estado enfrentou um surto com elevação de hospitalizações e aumento da mortalidade. Em 2025, foram registrados seis óbitos provocados pelo vírus, o que representa uma taxa de letalidade de 0,03% em relação ao total de notificações.
Casos de chikungunya e zika também têm redução
Além da dengue, os dados da Sesab também mostraram uma queda nos índices de casos das demais doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. Os casos de chikungunya foram de 14.135 para 1.390, o que representa uma redução de 90,2%, enquanto a zika teve uma queda de 84,6%, passando de 942 registros em 2024 para apenas 145 em 2025.
De acordo com a secretária estadual de Saúde, Roberta Santana, essa redução é reflexo direto das estratégias adotadas para reduzir a circulação dessas arboviroses e do mosquito transmissor. Segundo ela, já foram investidos cerca de R$ 20 milhões em “ações de apoio direto aos municípios, com aquisição de equipamentos, veículos para ampliação da frota utilizada na aplicação de UBV pesado (fumacê), além de kits para agentes de Combate às Endemias e insumos estratégicos, como medicamentos”.
Para a gestora, é fundamental que os municípios cumpram seu papel na limpeza urbana e no fortalecimento da atenção primária, ao passo que o Estado mantém o suporte técnico e logístico.
“Não podemos relaxar. É essencial eliminar possíveis criadouros como vasos de plantas e garrafas com presença de água parada, onde os mosquitos Aedes aegypti se proliferam”, comentou Roberta.
População continua sendo peça-chave na prevenção
Mesmo com os números animadores, a Sesab reforça a importância da continuidade das ações preventivas. A coordenadora de doenças de transmissão vetorial da pasta, Sandra Oliveira, lembra que o período de verão exige atenção redobrada da população. A eliminação de recipientes com água parada, como vasos de plantas e garrafas, é essencial para impedir a reprodução do mosquito.
Sandra também orienta a população a procurar atendimento médico diante dos primeiros sintomas suspeitos de dengue. Febre alta, dor no corpo, dor atrás dos olhos, manchas vermelhas e mal-estar geral são sinais que não devem ser ignorados. Em paralelo às campanhas de conscientização, a Sesab promoveu capacitações para profissionais de saúde com foco no manejo clínico e no controle vetorial, aprimorando a resposta das unidades básicas diante das demandas.
A despeito do alívio momentâneo, a recomendação das autoridades é de cautela. A manutenção dos índices em patamares baixos depende do esforço contínuo de governos e da colaboração da sociedade.
Vacina aprovada pela Anvisa
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, em abril, o registro definitivo da primeira vacina contra a chikungunya no Brasil, permitindo sua aplicação em adultos. O imunizante foi desenvolvido pela farmacêutica austríaca Valneva, em parceria com o Instituto Butantan, e será produzido na Alemanha. Ele é indicado para pessoas com mais de 18 anos.
Com essa autorização, o país passa a dispor de uma nova ferramenta preventiva contra a chikungunya — doença que, segundo a Anvisa, gerou mais de 200 mil casos prováveis e causou mais de 200 mortes no último ano. A vacina é do tipo recombinante atenuada, ou seja, contém uma versão viva e enfraquecida do vírus, capaz de ativar o sistema imunológico sem provocar a doença.
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