Arrecadação do setor de seguros cresceu 8,33% em fevereiro

Nos dois primeiros meses do ano arrecadação alcançou R$ 44,522 bi

Por Redação
13/05/2020 às 23h20
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Foto: Agência Brasil
Foto: Agência Brasil

A arrecadação do setor de seguros nacional, excetuando saúde suplementar e o seguro de Danos Pessoais por Veículos Automotores Terrestres (Dpvat), foi de R$ 20,9 bilhões em fevereiro, alta de 8,33% em comparação ao mesmo mês do ano passado. Os dados foram divulgados  pela Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg).

O presidente da entidade, Marcio Coriolano, observou, que o desempenho ainda não reflete efeitos da pandemia do novo coronavírus (covid-19). "O reflexo é muito pequeno. Em fevereiro, já tinha notícias de casos [da covid-19], mas não havia movimento maior". Coriolano lembrou que as seguradoras só entraram em regime de 'home office' (trabalho em casa) a partir de 17 de março passado.

Apesar da redução do faturamento em relação a janeiro de 2020, que registrou alta de 17,6%, o setor segurador fechou o primeiro bimestre com expansão de 13%, comparativamente a igual período de 2019. A arrecadação nos dois primeiros meses do ano alcançou R$ 44,522 bilhões. Nos 12 meses encerrados em fevereiro, a receita do setor totalizou R$ 275,3 bilhões. A taxa de crescimento da arrecadação do setor caiu em 12 meses de 12,6% em janeiro para 12,2% em fevereiro.


O presidente da CNseg disse que mesmo que os efeitos da pandemia comecem a ser sentidos pelo mercado de seguros a partir de março ou abril, motivados pelo forte movimento de home office e pelo isolamento da população, os efeitos maiores sobre a arrecadação só deverão ser sentidos no segundo semestre, em função principalmente do efeito do carregamento de contratos celebrados em 2019.

O setor segurador só vai começar a observar o efeito coronavírus mais fortemente no segundo semestre, "quando esses contratos não puderem por algum motivo ser renovados, pela falta de renda das pessoas ou, então, por inadimplência. A gente está supondo que o efeito [do vírus] sobre a produção, sobre o consumo e a renda, é fortíssimo. Então, não deve se repetir este ano o crescimento do ano passado", disse o presidente da CNseg.

 

*Com informações da Agência Brasil