"O consumo do café teve um aumento de mais de 30% no Brasil durante a pandemia", aponta João Lopes Araújo
Em conversa com o editor-chefe do Portal M!, Osvaldo Lyra, o presidente da Assocafé traça cenário otimista para setor durante a pandemia do novo coronavírus.
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Engana-se quem pensa que as medidas de isolamento social impuseram restrições à famosa 'hora do cafezinho'. Se a cultura de se reunir para tomar um café se tornou inviável, a solução é aumentar o consumo da bebida em casa.
Pelo menos esse é o argumento do presidente da Associação dos Produtores de Café da Bahia (Assocafé), João Lopes Araújo. Ele, que se identifica como um entusiasta da bebida secular, disse que o consumo do café teve um aumento de mais de 30% no Brasil durante a pandemia da Covid-19.
"Somente esse ano, a Bahia já exportou mais de 60 mil sacas de café", anunciou João. Quanto ao destino dessas mercadorias, a Assocafé afirma que a escala de produção do café produzido na Bahia vem abastecendo o país, sobretudo a região Nordeste e o mundo. "Nessas exportações, vendemos muito café para os Estados Unidos e no Japão. Nesses países, teve um grande aumento no consumo", contou.
Embora o cenário do setor cafeicultor seja descrito por João de forma otimista, ele alerta para a necessidade dos produtores prezarem pela qualidade da colheita. "A colheita do café é a parte mais importante. E, como estamos no meio da pandemia e é preciso manter a distância social, fica mais difícil complicado para fazer a colheita", afirmou João, ao enfatizar a atenção que o produtor precisa dar em colher o café maduro, no momento correto.
No podcast, o presidente da Assocafé também falou sobre as possibilidades de financiamento que o produtor tem direito. Nesse caso, João reconheceu que faltam incentivos estatais específicos ao setor e recomendou que, caso necessário, o produtor de café consiga, antecipadamente, um financiamento. "Nós temos a opção do Banco do Nordeste", disse.