Pós-Triplex & A Bad Trip do Rolex

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Descobri que "descobriram" o Brasil em 1989.
Com meus 12 anos, meu professor de história me contou.
Na minha pueril imaginação foi quase como uma tromba náutica, um iceberg tupiniquim surpreendendo as naus portuguesas.
Mas não.
Os patrícios e os seus ideais: "Navegar é preciso, viver não é preciso".
E assim se inaugurou o BRASIL: Anfitriões sem roupa recebendo visitas vestidas de pano e espelho.
No rosto dos índios refletia a ilusão do novo mundo que despia de toda dignidade, o seu lar.
Foi nessa reunião não combinada que outros coercitivos convidados se juntaram também. Vinham da África com os "comes e bebes" da festa trash.
E foi aqui na Pindorama dos índios originários que o azeite português da Ilha de Vera Cruz se juntou ao dendê africano dos navios negreiros e num tacho de Pau Brasil o caldo entornou.
Celeiro, senzala, cozinha, braseiro, tempero, BRASILEIRO.
Corta pra hoje, 2 mil e 20 e 3, falado assim, fatiado e decupado, sob os auspícios de tudo que já se viveu nesse rolê: Da colônia ao império, do açúcar ao café, da cana ao ouro, de Anchieta a JK.
É muito artista pra pouca panela.
Vazia e queimada de preto.
Muita estória para um pobre professor, de história.
E agora refletindo sobre o que passou, de reino pra pimenta ardendo. E não é que a joia da coroa ofuscou olhos e consciências?
Convenceu nativos de que a ascensão tá do lado de lá.
Mais do que euros, dólares ou a realeza do real.
É o Brasil de 2 mil e X, X e is.
Brasil de reles e leis.
Delata e dilata.
Espuma e edema.
X da questão, xis da cuestão*.
Muitas vezes o X é invisível na escrita.
Ou escrito de qualquer jeito.
Tipo Triplex
Vide Rolex.
Dura lex, sed lex.
*Telmo Moraes Pedreira - cirurgião-dentista, CROBA 6670.
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