China anuncia suspensão de cooperação com Estados Unidos por visita de Pelosi a Taiwan
País asiático avisou ainda que vai impor sanções pessoais à presidente da Câmara dos Deputados americana e sua família
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A China anunciou, nesta sexta-feira (5), a interrupção da cooperação com os Estados Unidos (EUA) em diversas áreas, incluindo o diálogo entre comandantes militares. A medida ocorre em retaliação à visita da presidente da Câmara dos Deputados americana, Nancy Pelosi, a Taiwan, durante essa semana.
Por meio de um comunicado, o Ministério das Relações Exteriores da China também informou que está interrompendo as conversações climáticas com os Estados Unidos, assim como a cooperação na prevenção do crime transfronteiriço e no repatriamento de imigrantes ilegais, além de outras oito medidas específicas.
Enfurecida após Pelosi ter visitado à ilha autônoma que Pequim considera seu território soberano, a China lançou exercícios militares nos mares e céus ao redor de Taiwan na quinta-feira. Os exercícios com disparos reais, os maiores já realizados pela China no Estreito de Taiwan, estão programados para continuar até o meio-dia de domingo.
O Ministério da Defesa de Taiwan também disse, nesta sexta-feira, que enviou jatos para alertar aeronaves chinesas que entraram na zona de defesa aérea da ilha, algumas das quais cruzaram a linha mediana do Estreito de Taiwan, uma barreira não oficial que separa os dois lados.
O Comando do Teatro Leste do Exército de Libertação Popular (PLA) da China disse em comunicado que seus militares realizaram exercícios aéreos e marítimos ao norte, sudoeste e leste de Taiwan nesta sexta-feira "para testar as capacidades conjuntas de combate das tropas".
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse que Washington deixou repetidamente claro a Pequim que não busca uma crise com a visita de Pelosi a Taiwan. "Não há justificativa para essa resposta militar extrema, desproporcional e escalada", disse ele, acrescentando que "agora, eles levaram os atos perigosos a um novo nível".
Por fim, a China anunciou ainda que irá impor sanções pessoais a Pelosi e sua família imediatamente em resposta a suas ações "viciosas" e "provocativas", enquanto Pequim afirmou que suas relações com Taiwan são um assunto interno e que se reserva o direito de colocar a ilha sob controle chinês pela força, se necessário.
*Com informações da Agência Brasil