"O modelo de vida atual é bastante adoecedor", afirma neurologista

Neste episódio do Podcast do M!, Italo Almeida falou sobre maus hábitos nutricionais e deu dicas de alimentos saudáveis 

Por Bruno Brito e Bruna Ferraz
23/07/2022 às 13h00
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Foto: Tatiany Carvalho
Foto: Tatiany Carvalho

Embora a rotina da maioria da população inclua muita correria e pouca atenção à saúde, à alimentação saudável e ao meio ambiente, pouca gente se dá conta dos problemas relacionadas a este estilo de vida.

Convidado deste episódio do Podcast do Portal M!, o neurologista Italo Almeida, diretor técnico da Neurointegrada, ressalta que os maus hábitos são determinantes para o aumento da incidência de diversos tipos de doenças.

"O modelo de vida atual é bastante adoecedor, não só pela poluição, mas pelo ritmo de vida que cada um leva, bem corrida, como também a forma com que tratamos o meio ambiente, fazendo com que vírus como o coronavírus venham a atingir os seres humanos", afirma.

A preocupação do especialista com o estilo de vida também se dá pela má alimentação, muito comum atualmente. Ele alerta que evitar coisas tóxicas traz um beneficio maior do que colocar coisas boas na dieta.

"Obviamente que o ideal é [unir] os dois: tirar as coisas tóxicas e aumentar a ingestão de coisas saudáveis. Mas digo isso porque conheço muitos pacientes que começam a usar cúrcuma e gengibre, mas continuam comendo um monte de produtos químicos. Então, o beneficio oferecido por esses alimentos é pequeno, porque ainda estão oxidando demais o sistema", explica.

Segundo Italo Almeida, o ideal é que haja a redução do consumo de alimentos processados e ultraprocessados, ou seja, realizar a retirada de itens industrializadas.

"No fim, não tem quase nada no alimento. Um exemplo são esses biscoitinhos de milho, que não existe quase nada do produto original, é quase tudo química", aponta.

Outro alerta feito pelo especialista diz respeito aos refrigerantes. "É outra coisa química e que não tem valor. Uma coisa que fico abismado é o uso tão grande ainda pela população, sabendo os riscos de tantas doenças", lamenta.

O especialista recomenda também que seja feita a retirada de todos os produtos 'modificados'.

"Produtos diet, zero, sem lactose. O leite sem lactose, por exemplo, quando alguém tem intolerância, é melhor que ela tire o leite, e não que use coisas sem lactose. Isso porque quando eles vão dissolver a lactose, o produto fica instável, então se coloca saborizantes, um monte de química. E onde tem muita química, desregula o sistema imune", ressalta.  

O neurologista recomenda que as pessoas aumentem a ingestão de alimentos com maior poder antioxidante. "Os campeões são as especiarias: cravo, orégano, gengibre, cúrcuma", aponta.

Já entre as frutas, Italo destaca que as com coloração mais avermelhadas, como morangos e a uva vermelha, são indicadas. "E de maneira geral, as folhas e legumes, como cenoura, abóbora, entre outros. Todo o mundo vegetal, exceto a soja, tem um certo poder antioxidante".  

 

Confira o podcast na íntegra: