Neurologista explica como aumentar a imunidade e prevenir doenças

Convidado deste episódio do Podcast do M!, Italo Almeida alerta para cuidados simples que podem fortalecer as defesas do organismo

Por Bruno Brito e Bruna Ferraz
23/07/2022 às 08h00
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Foto: Tatiany Carvalho
Foto: Tatiany Carvalho

A pandemia de Covid-19 e a recente disseminação da varíola dos macacos têm contribuído para elevar a preocupação da população em reforçar o sistema de defesa do organismo. Na opinião de especialistas, medidas simples podem ajudar a fortalecer o sistema imunológico e evitar muitas doenças. 

Neste episódio do Podcast do Portal M!, o neurologista Italo Almeida, diretor técnico da Neurointegrada, fala sobre a importância de manter o organismo muito bem preparado para combater os mais diversos vírus e demais agentes infecciosos.

"Dentro de nós vira uma colônia enorme, de vírus e bactérias, que se nós tivermos uma preponderância de vírus bons e bactérias boas, eles mesmos combatem os outros", afirma.

No entanto, para alcançar essa imunidade, o especialista aponta que é necessário ter, em primeiro lugar, um nível muito bom de vitamina D. "Isso é uma coisa que deve ser muito comum na população. A vitamina D é um dos grandes reguladores do nosso sistema imune", afirma.

Segundo ele, cerca de 70% a 80% do sistema imune humano está no intestino. Por isso, melhor para a saúde quanto mais coisas naturais forem ingeridas, como frutas, folhas, raízes, sementes, alimentos com pouca industrialização e pouco processamento químico.

"A vitamina D é um grande regulador dessa microbiota, e o outro é o Ômega 3. Então, a suplementação de Ômega 3 e vitamina D é uma coisa muito importante para a população como um todo. Para fortalecer nossa imunidade, nossas defesas", orienta.

No entanto, ao buscar essa suplementação, Italo afirma que é importante estar atento ao que é necessário. "O ideal é que se dose isso para ver a necessidade do paciente. O ideal é que esse nível de vitamina D esteja acima de 40 e para [saber] isso, é preciso ser dosado", ressalta.

Já em relação ao Ômega 3, umas das coisas primordiais, na avaliação do especialista, é que o paciente que precisa da suplementação compre apenas ele.

"Toda vez que ele é misturado é problema, porque não faz o mesmo efeito. Segundo, se a marca que você comprar estiver com cheiro forte de peixe, existe chance grande de estar oxidado, então não é um bom produto. A terceira coisa é sobre as marcas ideais, que são aquelas que levam junto a vitamina E, que impede a oxidação do Ômega 3, para fazê-lo funcionar bem no nosso organismo", explica.

 

Polivitamínicos não são indicados

Para as pessoas que buscam os polivitamínicos, o especialista alerta que eles "não valem o preço que se paga". Segundo Italo Almeida, a maioria dos produtos do tipo possui uma dose muito pequena de várias vitaminas, o que acaba não trazendo os benefícios necessários.

"O ideal é estar com um profissional que saiba lidar com o nível adequado de vitaminas, para que a imunidade fique bem, a regulação das células fique forte, para que além do sistema imune, a saúde mental fique bem. Tudo isso depende de uma dose adequada dessas vitaminas", diz.

Na avaliação dele, o polivitamínico em geral não supre essas necessidades. "Ele têm doses pequenas, e em geral, principalmente aqui no Brasil, o preço que se paga é muito alto para o que se oferece de benefício", observa.

Além disso, o especialista indica uma medida simples para ficar longe de doenças em períodos mais frios: evitar o vento direto.

"Principalmente se for nas costas, a região mais baixa, onde está a força de defesa dos rins. Isso acaba influenciando a secreção do pulmão. Então, [a recomendação] é evitar vento nas costas, além de fazer uso de chás quentes e outras substâncias aquecidas", completa.

 

Confira o podcast na íntegra: