Vigilante diz ter ouvido policial penal gritar 'aqui é Bolsonaro' pouco antes de atirar contra tesoureiro do PT, no Paraná    

Marcelo Arruda foi baleado na própria festa de aniversário, que tinha como tema o ex-presidente Lula

Por Redação
17/07/2022 às 23h04
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Foto: reprodução / Metrópoles
Foto: reprodução / Metrópoles

A  vigilante Daniele Santos afirmou em depoimento que ouviu o policial penal Jorge Guaranho gritar "aqui é Bolsonaro" pouco antes de atirar contra o tesoureiro do PT Marcelo Arruda, em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná. 

Daniele trabalhava na região da associação na noite em que o crime aconteceu, relatou à Polícia Civil que logo após os gritos de Guaranho pôde ouvir vários tiros. 

O crime aconteceu em 9 de julho. Marcelo Arruda foi baleado na própria festa de aniversário, que tinha como tema o PT e o ex-presidente Lula. Ao ser atingido por Guaranho, o petista, que também estava armado, revidou e atingiu o policial 

Arruda chegou a ser levado ao Hospital Municipal, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Jorge Guaranho segue internado no hospital, sem previsão de alta. Na sexta-feira (15), ele foi indiciado por homicídio qualificado por motivo torpe. 

A delegada Camila Cecconello disse que Guaranho atirou contra Marcelo por ter se sentindo ofendido, já que o petista jogou um punhado de terra e pedra contra o carro dele, após provocação política. Entretanto, a delegada afirma que a morte não foi provocada por motivo político, por ter entendido que os disparos tenham sido feitos em um segundo momento, após a escalada da discussão.  

O depoimento da vigilante, entretanto, mostra que Guaranho gritou "Aqui é Bolsonaro" também nesse segundo momento. 

 Daniele informou, ainda, que o motorista, ao voltar, entrou rapidamente na associação com o carro e que pode ouvir ele dizendo "aqui e Bolsonaro" novamente, além de palavras de baixo calão.  

O depoimento da vigilante consta no relatório final da Polícia Civil do Paraná (PC-PR). 

Questionada pela polícia se chegou a ouvir alguma música vinda do interior do carro de Guaranho, a vigilante disse que não. 

"Disse que a esposa do condutor, que foi visualizada na primeira vez que o veículo entrou na associação, aparentava estar assustada". 

 *Com informações do Metrópoles