"Não há hesitação possível: vou apoiar Lula no 1º turno", diz ex-chanceler Aloysio Nunes, do PSDB

Segundo ex-ministro, não se trata de uma rejeição ao seu partido, mas uma escolha "entre a civilização e a barbárie"

Por Redação
13/05/2022 às 19h40
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Foto: Reprodução/Agência Brasil
Foto: Reprodução/Agência Brasil

O ex-ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes (PSDB), declarou, nesta sexta-feira (13), que votará no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no 1º turno, em 2 de outubro. De acordo com ele, não se trata de rejeição a uma aposta do seu partido, o ex-governador João Doria, mas sim de uma escolha "entre a civilização e a barbárie".

"Só há duas vias abertas hoje, a via da manutenção do Bolsonaro ou a derrota dele. E quem tem condição de derrotá-lo é o Lula. Não há hesitação possível. Vou apoiá-lo no primeiro turno", diz o ex-ministro, que já ocupou vários cargos no Executivo e no Legislativo pelo PSDB paulista.

Já com relação à pré-candidatura de João Doria, Nunes afirmou que o ex-governador de São Paulo "não tem apoio consistente dentro do próprio PSDB".

"Existe uma rejeição muito forte a ele, que acho até injusta do ponto de vista administrativo, porque ele fez um bom governo, e político, pois Doria foi um dos pouquíssimos tucanos que enfrentaram, de fato, Bolsonaro", destacou.

 

Terceira via naufragou

Segundo o ex-ministro, o fator determinante para declarar seu apoio a Lula já no 1º turno foi o fato de nenhum nome da chamada terceira via ter se mostrado competitivo até o momento. "É a quarta vez que o Ciro Gomes vai se candidatar. Ele não tem mais coelho da cartola para tirar. Os dois polos já estão dados", disse.

De acordo com Nunes, um fator que também pesou para a declaração de apoio ao pré-candidato do PT, partido que, historicamente, foi rival do PSDB, é o fato de que, na avaliação dele, o Brasil "não aguenta um segundo mandato de Jair Bolsonaro".

"Eu estou me colocando diante de uma situação nacional dramática. Com mais quatro anos de Bolsonaro, o Brasil chafurda numa situação de corrosão democrática. Estamos diante da escolha entre a civilização e a barbárie."

 

* Com informações do G1