Ansiedade e depressão podem ter efeito negativo sobre o intestino, afirma gastroenterologista

Jaciane Fontes, convidada do Podcast do M!, diz ser comum lidar com pacientes com transtornos psicológicos

Por Bruno Brito
14/05/2022 às 15h00
  • Compartilhe
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Conhecido como o 'segundo cérebro', o intestino pode sofrer as consequências de problemas de saúde mental e emocional, como transtorno de ansiedade ou depressão. Segundo a gastroenterologista do Hospital São Rafael/Rede D'Or, Jaciane Fontes, convidada deste episódio do Podcast do Portal M!, além do adoecimento corporal, as Doenças Inflamatórias Intestinais (DII) sofrem influência de fatores emocionais.

De acordo com a especialista, é possível observar de forma constante pacientes com acompanhamento por transtorno de ansiedade generalizado ou que são depressivos, cujo o número de doenças relacionadas ao intestino é extremamente alto.

"A gente tem uma gama de pacientes que, como ainda não têm o diagnóstico do transtorno psiquiátrico, vão ao médico gastro porque o sintoma aparente é esse, e aí o especialista encaminha para o tratamento específico", aponta.

Conforme a médica, é extremamente comum que os pacientes com transtorno de ansiedade, apontem queixas relacionadas ao intestino. Por isso, diante deste cenário, a gastroenterologista destaca a importância do autoconhecimento.

"Temos que ter a percepção de que algo está errado com nosso corpo. Eu faço esse apelo para que se alguém tiver sintomas, diarreia, sangramento nas fezes, que esteja perdendo peso ou que possua história na família de alguém que já tem uma doença do sistema imune, que ligue o sinal de alerta", enfatiza.  

De acordo com ela, apenas o gastroenterologista pode fazer o diagnóstico adequado. A especialista ressalta também, a importância de que ele ocorra de maneira precoce para que o paciente não sofra de forma muito intensa as consequências que a doença pode trazer.

"Uma vez feito o diagnóstico, é importante adotar hábitos saudáveis de vida, adotar a prática de exercícios físicos. Vemos que faz uma diferença enorme para quem possui esses hábitos e quem não prioriza isso. Então, para ficar bem como um todo, é preciso se cuidar como um todo. É algo que sempre falo para os meus pacientes", finaliza.

 

Confira a íntegra do podcast: