Venda de livros registra aumento de 4,9% no período de Natal, aponta levantamento

Faturamento foi de R$ 235 milhões

Por Redação
24/01/2022 às 23h20
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Foto: Gui Maia/Cultura RJ
Foto: Gui Maia/Cultura RJ

Uma pesquisa realizada pela Nielsen BookScan, para o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), aponta que o período do Natal registrou o maior volume de livros vendidos e maior faturamento do setor no ano passado no Brasil.

Segundo o 13º Painel do Varejo de Livros no Brasil, de 6 de dezembro de 2021 a 2 de janeiro de 2022, foram vendidos 5,4 milhões de livros no país, com alta de 4,94% sobre o mesmo período de 2020, que teve 5,1 milhões de unidades comercializadas. O faturamento alcançou R$ 235 milhões, uma expansão de 14,14%.

Segundo o balanço de 2021, houve um crescimento de 29,36% em volume na comparação ao ano anterior, e de 29,28% em faturamento. Foram vendidos 55 milhões de livros, que geraram receita de R$ 2,28 bilhões.

O resultado foi extremamente positivo, disse o presidente do SNEL, Dante Cid nesta segunda-feira (24), em entrevista à Agência Brasil. "Com toda dificuldade do ano passado, ainda vimos no balanço consolidado que houve crescimento real, descontada a inflação; E é um crescimento significativo." Mesmo comparando com o ano atípico de 2020, marcado por fechamento de setores da economia, o SNEL não esperava incremento como o registrado, acrescentou Cid.

Segundo o presidente do SNEL, a pesquisa confirma que a população brasileira está lendo mais, gostando mais de ler. Se o primeiro trimestre de 2020, ainda pouco afetado pela pandemia de covid-19, for comparado com o mesmo período de 2021, nota-se que a venda de livros aumentou entre 19% e 20%. "É um percentual significativo esse incremento do hábito da leitura em um trimestre já impactado pela pandemia."

Ainda de acordo com Cid, com o retorno das aulas, deve aumentar a venda de livros didáticos, porque 2021 ainda não foi típico em relação ao ano escolar. "Foi um período grande de ensino híbrido. Espera-se que, em 2022, a grande mudança no quadro de vendas seja para o livro didático, com um ano escolar já normalizado e o ensino infantil predominando e protegendo as crianças. Com a volta à escola normal, esperamos também a normalização da venda de didáticos."

 

* Com informações da Agência Brasil.