Presidente da Assocafé diz que haverá redução de exportação do produto em 2022

O presidente da Associação dos Produtores de Café da Bahia (Assocafé), João Lopes Araújo, conversou com Osvaldo Lyra, editor-chefe do Portal M!. No bate-papo virtual, João Lopes fala sobre o aumento do preço do produto em 2021.

"Felizmente no agrenegócio a pandemia não foi tão pesada como foi no turismo, como foi no comércio, na indústria. E o consumo do café, que sempre foi em casa, em restaurante, cafeteria etc; o grande problema era saber como ia ficar o consumo, e essa foi a surpresa. O consumo cresceu, ninguém imaginava, mas passou a ser mais consumido em casa. As pessoas foram ocupando o tempo com a xicrinha de café e isso foi muito bom", explicou o presidente da Assocafé. 

"Com o aumento de consumo, o mercado começou a melhorar a remuneração do produtor de café, aí veio a seca na Bahia e em Minas Gerais, e uma geada no Paraná e em Minas". 

O presidente da Assocafé disse que 45 milhões de sacas de café foram exportadas em 2020 e, até outubro de 2021, 39 milhões. Mas, em 2022, a previsão é de 25 milhões de sacas para exportação. "Imagine o mundo ficar com menos 20 milhões de sacas?" questionou João Lopes. 

Com isso, o preço vai aumentar ainda mais. "Vão acontecer daqui até o ano que vem coisas inimagináveis. Vamos ter agora uma valiação da área afetada pela geada, qual é que foi afetada superficialmente e ainda recupera e qual é que perdeu totalmente e vai começar do zero. Isso vai refletir nos preços", explicou. 

João Lopes garante, no entanto, que o brasileiro não ficará sem seu cafezinho. "Tem gente no mundo que ficará sem café, mas vamos ter café aqui para tomar", garantiu.