'Não sentimos em Wagner essa empolgação para ser governador', dispara ACM Neto

Em entrevista, ex-prefeito de Salvador falou sobre panorama para as eleições ao Governo da Bahia em 2022

Por Yuri Abreu
16/11/2021 às 09h21
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Foto: Reprodução
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Daqui a mais de 15 dias, o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (UB/DEM), vai lançar oficialmente a pré-campanha do Governo do Estado para as eleições de 2022. Entre os principais adversários, um deles já está confirmado: o senador Jaques Wagner (PT).

Porém, em entrevista ao editor- chefe do Portal M!, Osvaldo Lyra, da rádio Nova Brasil FM, nesta terça-feira (16), Neto afirmou não enxergar no adversário político a mesma empolgação para ser governador, diferente do que ocorreu entre 2007 e 2014.

"Vejo o ciclo do PT na Bahia chegando ao fim. A alternância de poder é bom para a democracia. Além disso, não sentimos em Wagner essa empolgação para ser governador. Por isso é hora de dar vontade a quem está com disposição. Estou pronto para fazer esse enfrentamento, mas sem fazer política rasteira. Eu não tenho condições de montar meu jogo dentro do que os adversários vão fazer, mas conto que a principal aliança nossa é com o povo", afirmou. 

Para reforçar o desejo pela alternância de poder, ACM Neto relembrou a própria derrota do PFL em 2006 para Wagner quando, segundo ele, também havia um desgaste do partido junto à população, além de questões internas pelas quais a sigla estava passando.

"Em 2006, foi revelada a fadiga de material do PFL. Lula, que disputava à reeleição, claro que teve influência, mas isso apenas não explica a derrota do nosso grupo. Estávamos vivendo desgastes, questões internas. São ciclos. Pelo lado do PT, agora, algumas coisas foram positivas nesses 15 anos, as quais vamos aperfeiçoar e melhorar. Além disso, vamos enfrentar os problemas que estão aí, trazendo um projeto mais arrojado. As pessoas viram como foi meu trabalho ao longo dos 8 anos da minha gestão", analisou.

Nacionalização

Durante a entrevista, ele foi questionado sobre a tentativa do PT em nacionalizar a eleição, capitalizando os votos de Lula para Jaques Wagner. Para ACM Neto, o eleitor baiano saberá diferenciar isso na hora de ir às urnas.

"Não tenho duvida que o eleitor baiano tem claro que são coisas diferentes. Não dá para colocar apenas na conta da influência nacional os resultados das eleições no estado. Eu estou pronto para governar a Bahia com qualquer presidente, posso apresentar o meu exemplo, o que já fiz. Em oito anos, governamos com dois governadores diferentes e três presidentes distintos. Penso que a eleição na Bahia vai ter a sua dinâmica própria", disse.

Confira entrevista: