Vixe!! Bolsonaro deve embalar candidatura de Roma na Bahia. E o PT diz que Auxílio Brasil é voto de cabresto

Cláudio Tinoco 

 

O anúncio de que o Rio de Janeiro e São Paulo já estão vendendo os ingressos para as festas e os camarotes do Carnaval do próximo ano acendeu o sinal de alerta do vereador Cláudio Tinoco, presidente da Comissão responsável pela discussão da retomada econômica dos eventos da Câmara de Salvador. De acordo com ele, governo do estado e prefeitura terão que se entender "o mais rápido possível" sobre o assunto. Tinoco diz que a capital baiana está ficando para trás no quesito planejamento das festas. "Enquanto cidades dos Estados Unidos e da Europa estão abrindo as suas fronteiras e até mesmo cidades do Brasil estão realizando eventos, como aconteceu em Goiânia na última semana, onde o cantor Gustavo Lima reuniu 20 mil pessoas durante um show, Salvador fica pra trás nessa discussão, ao seguir a reboque das previsões do governo do estado". 

 

 

Tinoco diz que esse silêncio acaba sendo danoso para quem faz a festa pois prejudica a captação de patrocínios, a viabilidade das entidades carnavalescas e ainda a organização das festas dos bairros. "Essa decisão sobre o futuro dos eventos dependerá da ação mais enérgica do governo e da prefeitura", disparou o vereador, ao enfatizar que o prazo para essa definição tem que acontecer "impreterivelmente até o dia 15 de novembro". A conferir. 

 

A decisão de um grupo de hoteleiros de se desfiliar, em massa, do Salvador Destination, continua rendendo no trade turístico baiano. Segundo um interlocutor ouvido pela coluna, diante do esvaziamento de quase 30 filiados, a "turma do deixa disso" tem tentando acalmar os ânimos entre os associados da ABIH-BA e Salvador Destination, e pacificar o retorno dos ex-associados. A proposta é que, ao voltar, os ex-associados mantenham todos os direitos antes adquiridos. Isso porque foi aprovada uma mudança recente no Estatuto, impedindo a volta de ex-integrantes, a menos que aceitem ficar 6 meses sem direito a voto e 2 anos sem poder ser votado. "Os ex-associados têm buscado segurança e conforto dentro do Estatuto. E a atual administração tem sinalizado para poder retornar não como novos, mas como ex-associados e com isso compor uma nova diretoria que já era prevista para dezembro", disse. 

 

 

Segundo informações ainda desse mesmo interlocutor, a composição da nova diretoria já está sendo pensada. No entanto, há ainda um mistério quanto aos nomes da nova gestão. O que se sabe é que há uma enorme rejeição ao grupo que comanda a entidade desde a sua fundação. "Ninguém ainda apresentou um nome para assumir. Mas o desejo é de que haja uma convergência entre as partes", finalizou a fonte do trade, torcendo pela recomposição das atividades da associação. "Espero que haja essa recomposição e o Salvador Destination possa voltar suas atividades. Até porque, apesar de ser uma entidade privada, ela ajuda a fortalecer e promover a cidade através dos eventos", pontuou.

 

 

O imbróglio entre o Salvador Destination e a rede hoteleira se deu após um grupo de donos de hotéis acusar a diretoria da associação de faltar com transparência. A informação é que uma auditoria externa teria mostrado uma série de irregularidades na gestão da entidade, inclusive, com direcionamentos de compras e contratações irregulares.

 

O anúncio do valor de R$400 do Auxílio Brasil, benefício social criado pela equipe econômica do presidente Jair Bolsonaro para substituir o Bolsa Família, tem provocado reação entre membros do Partido dos Trabalhadores (PT). A deputada federal e presidente nacional do partido, Gleisi Hoffmann, afirmou essa semana que o presidente está tentando comprar votos com a criação do benefício social. Para a petista, no entanto, mesmo com o benefício o governo não terá resultado "automático" nas urnas. "Bolsonaro, assim como muitos que o apoiam, tem preconceito contra os pobres. Acha que dando um valor maior [de transferência de renda], vai ganhar voto e ganhar apoio. Isso não acontece. Não é automático. É desconsiderar a capacidade crítica da população", disse a petista. 

 

 

A fala da presidente do PT é no mínimo curiosa. A percepção de quem tem memória é que a petista esqueceu que quando FHC criou os programas assistenciais, Lula e o PT chamavam de 'esmola para comprar macaxeira'. Porém, uma vez no poder, juntaram tudo e rebatizaram de 'Bolsa Família', abandonando as contrapartidas necessárias (frequência escolar, acompanhamento médico, etc.) e transformando a política social em uma habilidosa estratégia eleitoral.