Retorno da 'bandeira normal' pode triplicar tarifas de eletricidade em 2022
Decisão do presidente Jair Bolsonaro tende a agravar ainda mais o custo da energia elétrica para o consumidor
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A decisão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de pedir ao Ministério de Minas e Energia a volta da "bandeira normal" pode ter gerar um aumento ainda maior do que o previsto para as tarifas de eletricidade em 2022. As informações são do jornal O Globo.
De acordo com a publicação, cálculos da PSR, uma das consultorias reconhecidas do setor elétrico, apontaram para um aumento de 5% em 2022.
A projeção, que ainda é considerada conservadora, leva em conta a alta do dólar, além do custo - que ainda não foi integralmente coberto - de acionar usinas termelétricas. No entanto, os cálculos não incluem o aumento dos combustíveis que são usados nestas usinas, como gás e diesel.
Se a bandeira de Escassez Hídrica for realmente cancelada, esse quadro será bem mais assustador. A previsão é de que esse ajuste pode ser até três vezes maior para o próximo ano.
Como as contas não estão batendo - ou seja, o país gera energia a um alto custo e este valor não sendo coberto pelas tarifas -, a alta seria repassada para o próximo ano e faria parte do cálculo do reajuste anual das distribuidoras.
A bandeira da crise hídrica representa uma sobretaxa de R$ 14,20 a cada 100 quilowatts-hora consumidos e seria mantida até o mês de abril.