"As nossas instituições são fortes para aguentar ataques", afirma Nelson Wilians

Um dos advogados mais renomados do país, ele  também fala sobre  segurança jurídica

Por Jones Araújo e Osvaldo Lyra
27/09/2021 às 15h01
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Foto: Divulgação
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Um dos advogados mais renomados do país, à frente do maior escritório de advocacia do Brasil, Nelson Wilians é enfático ao afirmar que as nossas instituições são fortes o suficiente para aguentar ataques, como os que têm sofrido. Em entrevista para o colunista do jornal A Tarde e editor-chefe do Portal M!, o jornalista Osvaldo Lyra, o profissional diz que não vê uma ameaça real à democracia.

"Não vejo uma ameaça real à democracia. Vejo que houve sim um tensionamento com a polaridade extremista. Sabemos que pode acontecer tudo, como pode não acontecer nada. Mas, de qualquer maneira, o saldo é ruim", analisa o advogado que possui escritórios em todos os estados brasileiros e com representação em países da América Latina, Ásia e Europa.

Especialista em Direito Empresarial, Nelson Wilians também fala sobre segurança jurídica. O advogado opina que esse princípio existe atualmente no Brasil, mas pode ser aprimorado.

"A segurança jurídica se baseia no princípio de previsibilidade e coerência na aplicação das leis sobre os ambientes de negócios. Nesse sentido, podemos dizer que há segurança jurídica, porém, nada que não possa ser aprimorado", diz.

Para o especialista, na medida em que o coronavírus perde força, este momento é propício para transformações. Mas, segundo ele, além de apenas estimular o crescimento econômico, é preciso construir uma nova realidade, como a necessidade de uma reforma política. Nelson cita o fortalecimento do sistema eleitoral.

"Precisamos melhorar e fortalecer o sistema eleitoral e os partidos políticos com o objetivo de torná-los legitimamente democráticos e facilitar os processos eleitorais. A Reforma Política não possui uma única frente, mas deve garantir a democracia, fomentar a participação e incluir projetos verdadeiros de mudança social. Porém, que seja uma discussão feita por toda a sociedade brasileira", finaliza.