Acidentes elétricos mataram 402 pessoas no Brasil no primeiro semestre deste ano

Mortes por choque elétrico foram maiores que mortes em incêndios por sobrecarga. 

Por Redação
18/09/2021 às 20h50
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Foto: Divulgação
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Os acidentes com energia elétrica, abrangendo choques elétricos, incêndios por sobrecarga e descargas atmosféricas (raios), atingiram a marca de 759 ocorrências no primeiro semestre de 2021 - e 402 mortes -, segundo dados recentes da Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel). Somente os choques somaram o número de 441, resultando na perda de 355 vidas - 86 pessoas conseguiram se recuperar.

Os dados revelam uma tendência de aumento comparado com 2020, quando foram apontados 741 acidentes e 398 óbitos, mas ainda menor que o ano de 2019, por exemplo, com 826 ocorrências e 434 notas de falecimentos. E, para agravar ainda mais a situação, há um dado bem preocupante: as mortes por choque elétrico foram maiores do que as mortes em incêndios por sobrecarga.

De acordo com a pesquisa da Abracopel, grande parte dos acidentes com choques elétricos ocorreram nas residências, local que, teoricamente, as pessoas se sentem mais seguras. Conforme o levantamento, foram dentro dos lares 133 acidentes e 116 mortes. Em 2020, foram 127, ao todo; e, em 2019, 138.

Dado que o primeiro semestre de 2021 trouxe a flexibilização do isolamento social e que a vacinação esteja caminhando a passos largos, as pessoas estão passando mais tempo fora de casa. "No ano passado, como muitas empresas adotaram o teletrabalho, foi possível que os cidadãos olhassem mais de perto os problemas da casa, observando as situações de risco e fazendo os consertos necessários", explica o diretor-executivo e engenheiro da Abracopel Edson Marinho.