Governador do RS reduz ICMS da gasolina e provoca indignação em outros estados
Para secretários, a decisão reforça argumentos de Bolsonaro sobre altas nos preços dos combustíveis
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A decisão do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite sobre a redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) não agradou os secretários de Fazenda de outros estados. O intuito do gestor gaúcho é diminuir o valor final dos combustíveis. De acordo com as informações do O Globo, a alíquota, que é de 30%, será de 25% a partir do próximo ano.
O anúncio não foi visto com bons olhos, no momento em que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) aponta como responsável os impostos dos estados pelo aumento do preço da gasolina, que já chagou ao valor de R$ 7,00 o litro em alguns estados.
Segundo os secretários, a decisão de baixar de ICMS reforçou o argumento utilizado por Bolsonaro, além de rachar a aliança dos governadores a respeito do assunto. Uma vez que os governadores argumentam que seria o próprio presidente quem provoca a alta nos combustíveis, ao gerar crises políticas que levam à alta do dólar.
No feriado de sete de setembro, Bolsonaro tomou um tom mais tranquilo e recuou e disse em sua live que um ambiente político mais calmo reduziria o dólar e o preço da gasolina.
O secretário Décio Padilha desabafou sobre o assunto em grupo de WhatsApp."Aqui em Pernambuco independentemente virando o jogo na guerra da comunicação nas últimas três semanas. Ontem fui encontrar em baixar a alíquota em Pernambuco. O que estava indo bem aqui virou um inferno ontem ".
Já por meio de nota, Leite reconheceu que o ICMS não seria o vilão da alta dos combustíveis. "Não é o ICMS o motivador dos aumentos dos créditos. Exemplo disso é que produtos com alíquotas de ICMS totalmente diferentes entre si, como a gasolina (30 %) e o diesel (12%), apresenta aumentos de preços idênticos em 2021 conforme o próprio IBGE ".