Nova presidente do PSOL quer ampliar atuação do partido em prefeituras e no Governo do Estado

Elze Fachinetti entrou na história da sigla por ser a primeira mulher a assumir a presidência estadual

Por Flávio Gomes
15/09/2021 às 12h11
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Foto: Divulgação
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Eleita no último domingo (13), como a primeira mulher na história a assumir a presidência estadual do PSOL na Bahia, Elze Fachinetti disse ao Portal M! que tem como bandeira ampliar o partido, tanto em prefeituras como no Governo do Estado.

"Faço parte de uma ascendência que vem disposta a ampliar a interiorização e servir com o crescimento do partido. Vamos conversar com pessoas de esquerda, que não estão satisfeitas no atual quadro e temos o interesse de que as pessoas cresçam para ocupar prefeituras, governos e ampliar o partido. Esse é um dos principais compromissos que colocamos para ampliar o diálogo", disse.

Militante há sete anos na sigla, a estudante de Psicologia, também formada em administração financeira, Elze se dedicou às manifestações do passe livre, manifestações dos sem teto, ajudando na parte organizacional do partido e na militância cultural.

Para ela, sua eleição quebra paradigmas e ainda terá que "superar muitas barreiras do machismo".
"Muito feliz em ser a primeira a mulher a assumir quebrando o paradigma dentro do partido. Todos ficaram muito surpresos, porque eu era uma figura de posição operacional e fico muita honrada em representar as mulheres e sei que ainda vou ter que superar muitas barreiras do machismo", pontuou.

"Sei que vai ser uma batalha intensa, mas estou preparada representando o coletivo até porque é um cargo originalmente ocupado por homens e ainda causa um pouco de estranheza", completou.
Elze ressaltou ainda que o processo de pacificar o partido terá início ainda nesta semana, no encontro programado com os candidatos derrotados nas eleições internas.

"Temos que nos organizar e cumprir as primeiras tarefas para a escolha dos cargos e correntes, ajustar a situação administrativa do partido e elaborar um planejamento. A mente da militância já começa a se voltar fora da disputa. Vamos organizar ainda nesta semana uma reunião com todos", ressaltou.

Questionada sobre como ela avalia a atuação do governador Rui Costa (PT) à frente do estado há oito anos, a presidente do PSOL disse que há muitas questões que a proposta da esquerda está "longe de ser progressista".

"A Bahia há muitos anos vem se edificando entre a direita carlista e a uma proposta social liberal capitaneada pelo PT. Nos últimos anos essa proposta piorou muito nos municípios, longe de ser progressista. Tudo isso nos leva a apresentar candidatos para o governo e senado com um programa realmente de esquerda. Há muitas questões que pontuamos sobre a Educação e Segurança Pública que o governo deixa a desejar", afirmou.

Com a afirmação, Elze Fachinetti confirmou uma chapa majoritária do PSOL concorrendo ao governo em 2022.

"Teremos candidato próprio. Temos alguns nomes, mas a definição será em conjunto quando houver a conferência eleitoral", finalizou.