Assocafé atribui a baixa produção do grão na Bahia ao clima e à falta de políticas públicas

Ao podcast do Portal M!, o empresário João Lopes Araújo afirmou que a pandemia não afetou tanto a operação do agronegócio

Por Jones Araújo
24/07/2021 às 04h50
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Foto: Agência Brasil
Foto: Agência Brasil

A exportação brasileira de café bateu um novo recorde ao totalizar 45,6 milhões de sacas em 2020/21, segundo o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil. De acordo com o presidente da Assocafé, João Lopes Araújo, é muito importante chegar a esse volume, porque mostra a capacidade do produtor brasileiro de resistir às dificuldades e enfrentar os desafios. O empresário é a personalidade entrevistada neste episódio do podcast do Portal M!

"O café tinha sete anos que estava com preço baixo. Não estava sendo remunerado. Do ano passado para cá, com o preço subindo em dólar e com a taxa do câmbio favorecendo, o produtor brasileiro começou a ter um pouco mais de renda, mas antes de chegar a isso, ele teve capacidade de sobreviver", afirma. 

João Lopes Araújo é a personalidade entrevistada no podcast do Portal M!

Araújo afirma que a pandemia de Covid-19 afetou todas as atividades do país, mas não foi tão  prejudicial à operação do agronegócio, "porque não existe concentração grande de pessoas nas fazendas".

"Não é à toa que o agronegócio tem dado um grande suporte ao setor brasileiro de exportação. Para nós, é muito orgulho que o café chegue a esse volume de exportação", pontua. 

 

Cenário na Bahia

O empresário ressalta que o cultivo do café é uma atividade empresarial importante, que emprega oito milhões de pessoas no Brasil, gera riqueza e pode ser considerada sustentável, mas aponta problemas no plantio na Bahia, como as adversidades do clima.

"O grande problema é que nas atividades da cafeicultura na Bahia tem muito município que está no semiárido brasileiro. Os tempos mudaram, e temos muito município que não tem tido o volume de chuvas e distribuição da chuva na intensidade que o café precisa", explica.

De acordo com o empresário, a Bahia nunca foi uma grande produtora de café devido ao clima.

Nessa entrevista, Araújo também fala sobre política para  agronegócio, avalia a gestão do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira e a atuação dos Poderes da República em prol da produção do café.  

 

Você fica por dento de tudo no podcast abaixo: