Conselho Nacional dos Procuradores reage aos candidatos da lista tríplice em defesa de Augusto Aras
Manifesto fortalece o movimento que levou o baiano à PGR e fragiliza os argumentos corporativistas da categoria
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O Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais do Ministério Público dos Estados e da União (CNPG) publicou um manifesto em defesa do procurador-geral da República, Augusto Aras.
Em nota, o CNPG diz que se opõe "a quaisquer compreensões e/ou movimentações que possam fragilizar tais postulados, tão fundamentais à estrutura da instituição Ministério Público, ao sistema acusatório e ao sistema de freios e contrapesos".
Segundo o Conselho, "a matriz constitucional do princípio do promotor natural consagra uma garantia de ordem jurídica".
"Tal princípio norteia a cláusula constitucional da independência funcional, que respalda qualquer membro do Parquet a formar sua convicção sem ingerências externas de qualquer natureza", diz a nota.
O procurador-geral da República, Augusto Aras, encerra sua gestão no mês de setembro deste ano, sendo bem avaliado na classe política e favorito dentro do Palácio do Planalto para um novo mandato no comando da instituição.
Fazendo um contraponto a Aras, a Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) manteve a votação da lista tríplice da categoria, prevista para o dia 22 de junho.
A CNPG finalizou a nota afirmando que "não é possível consentir que as garantias decorrentes dos precitados princípios sejam contornadas ou colocadas em xeque, sob pena de serem desrespeitados postulados tão valorosos e caros ao Ministério Público, instituição que deve ser defendida, preservada e fortalecida, especialmente em decorrência do caráter permanente do exercício de suas funções constitucionais, dentre as quais a defesa da ordem jurídica e do regime democrático".