Países mais pobres devem receber doação 1 bilhão de doses de vacinas contra a Covid-19 do G7

A meta imunizar o mundo até o fim de 2022

Por Flávio Gomes
11/06/2021 às 09h13
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Foto: Fio Cruz
Foto: Fio Cruz

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, espera que o Grupo dos 7 (G7), durante a cúpula que começa nesta sexta-feira (11), aceite doar 1 bilhão de doses de vacinas contra Covid-19, para países mais pobres ajudando a imunizar o mundo até o fim de 2022.

Após o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, prometer uma doação de 500 milhões de doses da Pfizer, Johnson afirmou que o Reino Unido doará pelo menos 100 milhões de imunizantes excedentes aos países mais pobres.

Alguns grupos criticaram o plano, classificando-o como uma gota em um oceano, e a Oxfam estima que quase 4 bilhões de pessoas vão depender do consórcio Covax para ter acesso às vacinas. O programa distribui doses de vacinas contra a covid-19 para países de média e baixa renda.

"Como resultado do sucesso do programa de vacinação do Reino Unido, estamos agora em posição de compartilhar nossas doses excedentes com os que precisam delas", dirá Johnson nesta sexta-feira, de acordo com trechos do anúncio que foram antecipados por seu gabinete.

"E fazendo isso, daremos um grande passo para derrotar essa pandemia de uma vez por todas".

A covid-19 já matou mais de 3,9 milhões de pessoas e destruiu a economia global, com as infecções registradas em mais em 210 países e territórios, desde que os primeiros casos foram identificados na China em dezembro de 2019.

"O objetivo do G7 de providenciar 1 bilhão de doses deveria ser visto como um mínimo absoluto, e o cronograma precisa ser acelerado", disse Lis Wallace, da organização social de combate à pobreza ONE.

"Estamos em uma corrida contra esse vírus e quanto mais tempo ele estiver na frente, maior é o risco de que novas variantes mais perigosas prejudiquem o progresso global", acrescentou.