"Não há salvadores da pátria", diz Luiza Trajano ao anunciar a elaboração de planejamento estratégico para o Brasil

CEO da Magalu participou de evento da Câmara Americana de Comércio, que reuniu líderes empresariais do Nordeste

Por Flávio Gomes e Osvaldo Lyra
10/06/2021 às 10h48
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Foto: Divulgação
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A empresária e empreendedora Luiza Helena Trajano participou, nesta quinta-feira (10), do CEO Fórum 2021 - edição Nordeste, promovido pela Amcham Salvador - Câmara Americana de Comércio, onde comandou uma roda de conversa sobre a gestão da vulnerabilidade.

Sob o tema 'A vulnerabilidade é o seu poder', o evento contou com as participações dos CEOs da Le Biscuit, David Lee; das Farmácias Pague Menos, Patriciana Queirós e do Grupo Moura, Paulo Sales.

A CEO da Magalu retratou a situação política do Brasil e alertou que "cada um tem o direito de pensar no que quiser, mas na hora de pensar em política, temos que pensar no Brasil".

"É um fanatismo de um lado e do outro. Só a sociedade civil vai poder mudar com propostas consistentes. Só a união do povo é a esperança do futuro. Enquanto a sociedade civil continuar deste jeito, nós não vamos mudar", ressaltou.

Luiza Trajano disse ainda que analisou propostas de planejamento de países como Japão, Singapura e Suécia para montar um comitê que construa um planejamento estratégico para o Brasil.

"Nós tivemos uma esquerda vitrina, temos uma direita vitrina e minha proposta é fazer um planejamento estratégico para o Brasil em quatro itens: Saúde, Educação, Habitação e Emprego. A proposta é fazer um planejamento de 2022 até 2032", pontuou.

Para a gerente regional da Amcham Salvador, Lilian Marins, em uma era cada vez mais digital, o ser humano é o maior diferencial competitivo de um porta-voz e a vulnerabilidade é o super poder utilizado pelos maiores líderes do mundo.

"Se mostrar vulnerável é a coragem de assumir um risco emocional, e esse é um lugar que a maioria das vezes o CEO ou líder não quer ir, por medo de achar que vai se tornar frágil em expor sua vulnerabilidade, quando, na verdade, a vulnerabilidade nada tem haver com a fraqueza", afirma Lilian.

Ainda de acordo com a executiva, a Câmara Americana de Comércio, mais uma vez, inova ao trazer um tema de super relevância no cenário atual.

"Estamos felizes em criar esse ambiente seguro de trocas e conexões, para que os líderes de todo Nordeste se sintam à vontade em manifestar seus pontos de fragilidade e, a partir desse lugar, sair cada vez mais fortalecidos e impactando o ambiente de negócio dos estados que atuam", finaliza a líder da operação baiana.