Especialistas defendem integração entre pauta ambiental e interesse socioeconômico
Especialistas debateram o potencial do Brasil no desenvolvimento da economia verde
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Para marcar a Semana do Meio Ambiente, celebrada entre os dias 5 e 9 de junho, foi promovido um debate, nesta terça-feira (8), transmitido em live pelo Portal A Tarde, sobre os desafios para o desenvolvimento da economia verde no Brasil.
Com o tema "Insegurança jurídica como impedimento ao desenvolvimento sustentável", especialistas em diversas áreas discorreram sobre a importância de aliar os interesses sociais, econômicos e ambientais.
O presidente do Instituto Brasileiro de Direito e Sustentabilidade (Ibrades), George Humbert, comemorou o desempenho do país e das empresas brasileiras no respeito aos pilares para um desenvolvimento saudável.
"A data é muito importante. Temos de comemorar porque o Brasil tem o protagonismo no meio ambiente, principalmente nas empresas ligadas ao agronegócio. Elas são as que mais produzem em menos espaço e protegendo uma boa parte da mata nativa", afirmou o advogado especialista em Direito Ambiental.
Mediado pelo editor-chefe do Portal M!, Osvaldo Lyra, o debate também contou com a participação da coordenadora de licenciamento ambiental florestal da Suzano, Juliana Ray; do diretor do WWI no Brasil, o economista Eduardo Athayde; e do presidente da Comissão de Agronegócio da Ordem dos Advogados do Brasil - seção Bahia (OAB-BA), Leandro Mosello.
Harmonia social e ambiental
Empresa de celulose, a Suzano desenvolve as ações baseadas no princípio da sigla ESG (na tradução para o português, agenda ambiental, social e de governança corporativa), destacou Juliana.
"A base do ESG é o equilíbrio e harmonia social e ambiental no desenvolvimento econômico. Esta é a chave do negócio na Suzano", contou a coordenadora, destacando as ações de preservação e replantio da mata desempenhadas pela empresa.
No debate, o representante do WWI no Brasil destacou o potencial da Bahia e do Brasil de saberem como "se vender" ao mundo para assumir também uma posição de protagonismo nos negócios relacionados à economia verde.
"Vivemos uma economia digital. Essa velocidade nos leva à necessidade de o Brasil aprender a se vender e a mostrar todo o nosso potencial bioeconômico. Por isso, precisamos explorar mais negócios sustentáveis", completou.
O presidente da Comissão de Agronegócio da OAB/BA endossou a ideia de focar os interesses econômicos no desenvolvimento verde e enfatizou a necessidade de haver uma maior discussão sobre sustentabilidade no mundo dos negócios.
"Debates como esse são de tamanha importância para desestigmatizarmos a ideia de que as empresas sustentáveis são vilãs e culpadas por um desequilíbrio ambiental. Muito pelo o contrário, pois elas cumprem licenças com o poder público", pontuou.