Morre Eva Wilma, uma das grandes damas do teatro e da TV, aos 87 anos

Atriz fez história  em novelas e nos palcos com personagens inesquecíveis como a cômica vilã Altiva de A Indomada

 

Por Redação
15/05/2021 às 23h46
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Foto: Reprodução\Internet
Foto: Reprodução\Internet

Uma das estrelas mais brilhantes da teledramaturgia e do teatro brasileiro, a atriz Eva Wilma morreu na noite deste sábado (15). A atriz tinha 87 anos e lutava contra um câncer no ovário descoberto recentemente. Ela estava internada no Albert Einstein, em São Paulo, desde o dia 15 de abril.

Nascida em São Paulo, em 14 de dezembro de 1933, Eva Wilma Riefle Buckup começou a carreira artística aos 19 anos, no Ballet do IV Centenário de São Paulo. Ela deixaria a dança pouco depois, após ser convidada para integrar o Teatro de Arena e o programa "Alô Doçura", da TV Tupi.

O seriado ficou dez anos no ar e a atriz dividia espaço na atração com John Herbert, com quem se casou em 1955. Eva e John se separaram em 1976. Juntos, tiveram dois filhos, Vivien e John Herbert, conhecido profissionalmente como Johnnie Beat.

Três anos depois da separação, a atriz se casou com Carlos Zara, ator falecido em 2002.
Ao longo da carreira, Eva estrelou dezenas de novelas como "Meu Pé de Laranja Lima" (1971) e a primeiras versões de "Mulheres de Areia" (1973), na pele das gêmeas Ruth e Raquel, e "A Viagem" (1975) no papel da protagonista Dinah. 

Ela também encarnou à vilã Altiva, da novela "A Indomada" (1997), personagem marcante que lhe rendeu vários prêmios. Eva participou de outros grandes sucessos na telinha, como"Pedra sobre Pedra" (1992), "O Rei do Gado" (1996) e "Começar de Novo" (2004).

Outro marco da carreira de Eva Wilma foi a Dra. Martha do seriado Mulher (1998/1999). A produção recebeu o prêmio da APCA como o Melhor Programa de TV de 1998. O seriado também foi especial por outro motivo: foi a última vez em que contracenou com seu marido, Carlos Zara.

Seu último trabalho para a TV foi em 2015, na minissérie "Verdades Secretas", na pele de Dona Fábia. Pela sua atuação, vivendo uma alcoólatra aproveitadora, que extorquia o filho Anthony (Reinaldo Gianechini), foi premiada.

Apesar do extenso trabalho na telinha, Eva nunca abandonou a carreira no teatro, recebendo inúmeros prêmios por seus trabalhos no palco. Em "Queridinha Mamãe" (1994), recebeu os prêmios Molière, Shell e Sharp.

 

*Com informações do G1 e Memória Globo