Ato pró-Bolsonaro tem aglomeração e gente sem máscara em Brasília

Em discurso, presidente criticou governadores e prefeitos que adotaram medidas de isolamento social para combater a covid-19.

Por Flávio Gomes
15/05/2021 às 18h20
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Foto: Getty Images / Reprodução Exame
Foto: Getty Images / Reprodução Exame

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) participou neste sábado (15), na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, de uma manifestação que contou com milhares de apoiadores, muitos sem máscara.

Em cima de um carro de som, o presidente criticou o sistema eleitoral e chamou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de "o maior canalha da história do Brasil".

"Se tiraram da cadeia o maior canalha da história do Brasil, se para esse canalha for dado o direito de concorrer, o que me parece é que, se não tivermos o voto auditável, esse canalha, pela fraude, ganha as eleições do ano que vem. Não podemos admitir um sistema eleitoral que é passivo de fraude", disse Bolsonaro.

Participaram do evento, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, que exaltou a importância do agronegócio, e o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, que defendeu o trabalho do governo no desenvolvimento de rodovias e ferrovias que beneficiam os ruralistas.

Além deles, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, disse que "o agro é o maior amigo do meio ambiente, essa é a verdade. As cidades é que poluem. O agro brasileiro é exemplo para todo o mundo".

Bolsonaro também criticou os governadores e prefeitos que adotaram medidas de isolamento social para combater o avanço da pandemia de covid-19.

"Essa pandemia realmente não foi fácil. Mas conseguimos manter o nível de empregos formais. Já informais, quase 40 milhões [de empregos perdidos], quem destruiu? Foram alguns governadores e prefeitos, com sua política, sem qualquer comprovação científica, do 'fique em casa, a economia a gente vê depois'", pontuou.

"Lamentamos as mortes por covid e todas as outras mortes. Mas não é ficando embaixo da cama que vamos enfrentar o problema", completou.

Até agora, cerca de 433 mil pessoas morreram por conta da doença no Brasil.

Veja o vídeo: