Novo Auxílio Emergencial deve ter impacto oito vezes menor no comércio, aponta CNC

Cálculo da entidade levou em conta a redução do montante de recursos disponibilizados, entre outros fatores

Por Yuri Abreu
07/04/2021 às 22h00
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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O auxílio emergencial, que tem o valor médio de R$ 250, deve impactar o setor oito vezes menos em relação ao primeiro, que partia dos R$ 600. 

O cálculo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) levou em conta principalmente a redução do montante de recursos disponibilizados, além de fatores como o comprometimento da renda familiar da população.

Na nova rodada do benefício, R$ 12,75 bilhões devem ser injetados nos caixas do comércio varejista, o equivalente a 31,2% do que for sacado pela população. Em 2020, o valor destinado ao consumo no varejo foi de R$ 103,8 bilhões, 35,4% dos recursos do benefício.

Estatísticas do Banco Central mostram que o comprometimento da renda das famílias, que já se situava em nível recorde, aumentou ao longo do primeiro trimestre de 2021. A CNC estima que atualmente essa proporção tenha atingido 30,3% da renda familiar. Assim, a tendência é que, mesmo proporcionalmente, mais recursos do auxílio emergencial tenham outra destinação que não o consumo de bens.