Governo quer criar 'seguro-emprego' de R$ 500 para evitar demissões, afirma Paulo Guedes

"Em vez da cobertura de quatro meses ou cinco meses, vamos fazer uma de 11 ou 12 meses pela metade do custo", adianta o ministro da Economia

Por Redação
11/03/2021 às 22h00
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Foto: Agência Brasil
Foto: Agência Brasil

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou, nesta quinta-feira (11), que o Governo Federal trabalha em novas medidas para a manutenção do emprego no país, que vão além da renovação do programa para suspensão de contrato ou redução de jornada. Entre as ações, o ministro citou um 'seguro-emprego' de R$ 500, com o objetivo de evitar demissões em função da pandemia de Covid.

As novidades, segundo Guedes, serão anunciadas pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) "um pouco mais para frente".

"Temos o seguro desemprego: a pessoa é mandada embora e o governo dá R$ 1.000. Porque não dar R$ 500 como seguro-emprego?", disse o ministro, durante participação no primeiro encontro da frente parlamentar da Micro e Pequena Empresa. 

"Em vez de esperar alguém ser demitido vamos evitar a demissão pagando R$ 500. Ou seja, em vez da cobertura de quatro meses ou cinco meses, vamos fazer uma de 11 ou 12 meses pela metade do custo", completou. 

 

"Vacinação em massa"

Segundo Guedes, agora, a palavra de ordem é "vacinação em massa".

"Sem a saúde, não tem o trabalhador, não tem a pequena e média empresa, não tem a economia", observou. 

O ministro também destacou que, embora ainda não tenha sido assinado, o presidente Bolsonaro acertou a compra de mais 100 milhões de doses da vacina da Pfizer para este ano, além das 400 milhões já contratadas. 

"É que, corretamente, o presidente não quer se comprometer publicamente antes de tudo assinado. Mas a verdade é que o presidente da Pfizer já anunciou que vai nos fornecer mais 100 milhões de vacinas", afirmou.

 

Arrecadação recorde

Guedes também adiantou que o resultado da arrecadação de fevereiro, que deve ser divulgado na próxima semana, será recorde histórico para o mês.

A aposta da equipe econômica é que o aumento da arrecadação no início do ano ajude a amenizar os gastos que o governo deve ter para continuar combatendo os impactos da pandemia, bem como dê fôlego para a atividade econômica crescer este ano.

Apenas a nova rodada do auxílio emergencial custará R$ 44 bilhões aos cofres públicos. 

"Ano passado, a arrecadação estava 25% acima do previsto em fevereiro, o que indicava crescimento potencial acima de 2%, 2,5%. Este ano, temos uma taxa praticamente garantida de 3%, 3,5%", destacou o ministro.

Guedes acredita que o valor pode ser ainda maior a depender da capacidade de Executivo e Legislativo, juntos, formularem soluções fiscais este ano.

 

* Com informações da CNN Brasil.