Petroleiros anunciam retomada de greve na Bahia

Petroleiros da Bahia vão retomar a greve que havia sido suspensa após a Petrobras reabrir um canal de negociação com a categoria. A paralisação começará na sexta-feira (5).

Segundo a diretoria do Sindicato da categoria (Sindipetro-Ba), foram realizadas quatro rodadas e discussão, mas não houve nenhum avanço.

Além disso, o sindicato afirma que a estatal rompeu o trato, encerrou as negociações e frustrou a "boa fé da entidade sindical, que suspendeu o início da greve do dia 18/02, para negociar".

A greve também abrangerá os Sindipetros do Espírito Santo, Minas Gerais, Amazonas, Pernambuco e São Paulo (Mauá e Campinas).

Na Bahia, trabalhadores próprios e terceirizados da Refinaria Landulpho Alves (RLAM) - cerca de 900 concursados e 1.700 terceirizados - e de outras unidades da estatal no estado vão aderir ao movimento.

A categoria reivindica a implementação de uma política efetiva de combate ao assédio moral nas unidades da Petrobras; incorporação dos trabalhadores concursados da Petrobras Biocombustíveis (PBIO) à Petrobras, caso a Usina de Biocombustíveis de Candeias seja realmente vendida; fim das dobras de turno e das prorrogações de jornada; revisão da política do efetivo mínimo do O&M (Organização e Método) nos diversos setores da estatal, em especial na RLAM.

Além da implantação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) específico da jornada de 12 (doze) horas diárias, já praticada desde 2020 e aprovada pela categoria em assembleia e o fim da exigência de quitação do passivo trabalhista anterior a fevereiro/2020 para firmar esse documento; iniciar discussão e tratamento para a situação das empresas contratadas, em especial dos contratos de trabalhos e direitos dos empregados terceirizados; apresentação pela Companhia, do passivo ambiental, dos acidentes de trabalho (tudo que envolva agentes de riscos aos trabalhadores, seus compromissos de pagamentos e de seus sucessores).