Operação da PF visa coibir tráfico internacional de drogas na Bahia

Estão sendo cumpridos, nesta quinta-feira (4), cinco mandados de prisão e outros 14 de busca e apreensão

Por Yuri Abreu
04/03/2021 às 08h40
  • Compartilhe
Foto: Divulgação/PF-BA
Foto: Divulgação/PF-BA

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (4), a Operação Ikaro II, visando desarticular uma organização criminosa estabelecida na Bahia especializada no tráfico internacional de drogas.

Mais de 50 policiais federais dão cumprimento a cinco mandados de prisão (duas  preventivas e três temporárias) e 14 mandados de busca e apreensão expedidos pela 2ª Vara Federal da Seção Judiciária de Salvador. 

As ações ocorrem em Salvador, Lauro de Freitas e Porto Seguro, na Bahia; e em  Ponta Porã, Mato Grosso do Sul, na divisa com o Paraguai.

A Justiça Federal também determinou o bloqueio de valores depositados em contas bancárias em nome de 11 pessoas físicas e jurídicas investigadas.

A operação conta com o apoio da Polícia Militar da Bahia (PM-BA), já que um dos investigados, com prisão preventiva decretada, era Policial Militar até janeiro deste ano.

De acordo com as investigações, o grupo usava o modal aéreo, cujo principal modus operandi era a cooptação de "mulas" para realização do transporte em voos comerciais para a Europa, sendo a droga, geralmente, escondida em bagagens.

Segundo a PF, as As prisões de novos integrantes da organização criminosa decorrem da análise do material apreendido na primeira fase da operação, deflagrada em 10/06/2020, e da identificação da movimentação de valores realizado entre os investigados para concretizar a prática da atividade criminosa.

Entre os meses de janeiro e fevereiro do ano de 2020 foram realizadas sete prisões em flagrante nos Aeroportos Internacionais Luís Eduardo Magalhães, em Salvador, e Antônio Carlos Jobim - Galeão, no Rio de Janeiro. Na maioria dos casos, tratava-se de casais tentando transportar cocaína para Lisboa, Portugal, de forma oculta em suas malas. 

A semelhança do modo de atuação e das circunstâncias levaram à identificação do envolvimento de uma mesma organização criminosa em todos os casos, cujos integrantes estão sendo alvo das medidas judiciais cumpridas na presente data.

Durante as investigações apurou-se que, em caso de êxito, cada "mula" que realizava a viagem recebia aproximadamente 15 mil reais, gerando um lucro superior a meio milhão de reais para a organização criminosa, dependendo da quantidade de droga transportada.

Os investigados serão indiciados pelos crimes de organização criminosa e tráfico internacional de drogas.