"Fechamento vem no momento de recuperação do comércio", protesta presidente do Sindilojas

Paulo Motta diz que poder público deve focar na implantação de leitos hospitalares e na fiscalização de festas clandestinas

Por Francisco Artur
25/02/2021 às 17h40
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Foto: Divulgação
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Contrariado com o decreto de fechamento total de atividades não essenciais entre às 17h desta sexta-feira (26) até às 5h da próxima segunda (1º), o presidente do Sindicato dos Lojistas da Bahia (Sindilojas), Paulo Motta, afirma que a medida será aplicada no momento de recuperação econômica do setor.

"Nós avaliamos com muita preocupação o decreto porque, além de estarmos num contexto de recuperação econômica do comércio, a medida atinge o final de semana, os dias de maior capacidade produtiva", protestou Motta.

Ele acrescentou que a conduta da Prefeitura de Salvador pode gerar uma imprevisibilidade econômica e afastar investimentos na capital. "Ficamos como um ioiô sem direção, que sempre vai para um lado e depois volta", comparou.

Sobre as medidas adotadas pelo poder público, Paulo Motta afirma que seria necessária a implantação de mais leitos hospitalares e a maior fiscalização de festas clandestinas, "em vez de fechar o comércio".

Anunciada, nesta quinta-feira (25), pelo prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), e pelo governador da Bahia, Rui Costa (PT), o decreto de fechamento total das atividades comerciais não essenciais visa conter o avanço da pandemia e, assim, evitar um colapso no sistema de saúde diante da explosão na demanda por leitos de UTI. 

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